A votação da Câmara Federal com relação à reforma política foi alvo de debate entre alguns parlamentares na Comissão de Constituição e Justiça – CCJ da Assembleia Legislativa. “ O Congresso deu passo para evitar retrocesso no processo eleitoral”, disse. Ele fez duras críticas ao presidente Eduardo Cunha. “ O presidente age de uma maneira desrespeitadora e na tentativa tresloucada de aprovar algumas medidas retirou de maneira antidemocrática um trabalho feito pela comissão criada para isso”, disse.
O petista afirmou que Eduardo Cunha tem “viés amplamente autoritário” e opinou sobre as primeiras mudanças aprovadas. “ Na visão da grande maioria nada é tão atrasado quanto o distritão, adotado apenas em quatro países, traria todo um atraso”, disse. O parlamentar comentou ainda sobre as doações em período eleitoral. “ Finalmente teremos a proibição de dinheiro de empresas em campanhas políticas, são passos que o congressos garantiu pelo menos o não retrocesso”, disse.
O deputado Olyntho Neto (PSDB) disse que a proposta não deu em nada e defendeu Eduardo Cunha.“ Foi uma demonstração de democracia todas as propostas da reforma eleitoral”, disse ao elogiar o presidente da Câmara Federal. O parlamentar criticou ainda indiretamente o posicionamento do PT. “ O PT fez questão de votar contra todas as propostas apresentadas”, disse.
Valdemar Junior (PSD) também falou sobre o assunto. “ A classe política caminha para um lado e a classe política para outro”, comentou. Ele admitiu que ficou chateado. “ Era o momento de avançarmos com relação á reforma política”, disse.
Votação
O Plenário da Câmara dos Deputados rejeitou nesta terça-feira o principal ponto da reforma política (PEC 182/07) proposto pelo deputado Rodrigo Maia (DEM-RJ): o chamado “distritão”, modelo em que os deputados e vereadores seriam eleitos apenas de acordo com a quantidade de votos recebidos, no sistema majoritário. A proposta foi rejeitada por 267 votos a 210 e 5 abstenções.
A Câmara manteve o modelo atual, com sistema proporcional, que leva em conta os votos recebidos individualmente pelos candidatos de um partido e os recebidos pela legenda.