Em nota divulgada na noite desta última segunda-feira, 4 de abril, a Comissão de Direitos Humanos (CDH) da Ordem dos Advogados do Brasil no Tocantins (OAB/TO) prestou solidariedade aos familiares dos dois policiais militares mortos no final de semana e cobra a realização de concurso público para a segurança.
Na nota, a CDH sustenta que a segurança pública vem sendo deixado de lado no Tocantins e sustenta que o número atual de policiais militares no Tocantins é baixo.
“A cada dia, o Estado, pelo menos em termos financeiros, dá menos atenção à segurança. Seja não diminuindo desigualdades sociais e não dando opções de lazer para evitar que tantos e tantos jovens sejam conquistados pelo tráfico, seja não tendo efetivo para o policiamento preventivo. Vivemos em um Estado com 139 municípios e pouco menos de 3.100 policiais militares – menos de 23 policiais por município. Uma conta que não fecha e a realização de um concurso público é medida que se exige das autoridades”, destaca trecho da nota.
Confira a íntegra da manifestação da CDH abaixo:
“Nós, da Comissão de Direitos Humanos da OAB-TO (Ordem dos Advogados do Brasil no Tocantins), lamentamos o que vem ocorrendo na questão da segurança pública no Tocantins, em especial neste último final de semana.
Ao expressar os nossos mais sinceros votos de pesar, queremos deixar claro nosso respeito e admiração a todos os profissionais que trabalham na segurança do Tocantins e nos solidarizamos com as famílias dos policiais militares que vieram a óbito em confrontos durante o final de semana.
Na sexta-feira, o soldado Ivan Borges de Lima, 31 anos, pai de dois filhos, foi morto em Palmas. No domingo, em Colmeia, a vítima fatal foi o sargento Paulo Pereira da Silva, 38 anos, também pai de dois filhos. Ele foi morto em serviço, ou seja, enquanto trabalhava para deixar o Estado mais seguro.
A cada dia, o Estado, pelo menos em termos financeiros, dá menos atenção à segurança. Seja não diminuindo desigualdades sociais e não dando opções de lazer para evitar que tantos e tantos jovens sejam conquistados pelo tráfico, seja não tendo efetivo para o policiamento preventivo. Vivemos em um Estado com 139 municípios e pouco menos de 3.100 policiais militares – menos de 23 policiais por município. Uma conta que não fecha e a realização de um concurso público é medida que se exige das autoridades.
A nobre atuação desses profissionais é de suma importância na garantia da segurança pública, especialmente no Estado do Tocantins, que vem sofrendo com o crescente aumento da violência nas suas mais variadas apresentações.
Entendemos que a aplicação dos direitos humanos cabe para todos, sem distinção, desta forma acreditamos ser justo e necessário que os envolvidos nos confrontos sejam investigados e julgados conforme a legislação vigente, buscando sempre a aplicação da lei para assim garantir a justiça.
Comissão de Direitos Humanos da OAB-TO”