Apesar de nenhum diretor ou funcionário do Sindicato dos Médicos no Estado do Tocantins (Simed) e até mesmo membros da comissão eleitoral terem se recusado a receber a notificação da ordem judicial que determina a suspensão da eleição da entidade, o pleito está legalmente interrompido.
O oficial de Justiça Wenis Deily Castro Macedo Fernandes chegou à sede do Simed às 9h10 para notificar o sindicato da decisão da Justiça do Trabalho de Palmas que suspendeu a eleição na noite dessa segunda-feira, 30.
O oficial de Justiça permaneceu por quase meia-hora na sede da entidade à procura da atual presidente e candidata à reeleição, Janice Pankov, ou de qualquer funcionário ou membro da diretoria que pudesse receber a notificação.
“Ninguém quis assinar. Mas, independente disso, como nós oficiais de Justiça temos fé pública, estou indo agora certificar o juiz autor da decisão do ocorrido. E será dado ciência todos os fatos”, disse.
De Porta em porta
O oficial de Justiça chegou às 9h10 no Simed. Não havia, no momento, nenhum funcionário na recepção. Ele foi direto ao protocolo, mas a funcionária disse que não tinha autorização para receber a documentação. A funcionária encaminhou o oficial de Justiça para o corredor que dá acesso às salas dos diretores.
Na entrada do auditório, local da votação, o oficial de Justiça abordou o presidente da comissão eleitoral, Djalma Lacerda, que também se recusou a receber o documento. Em seguida, o oficial foi levado para a sala do departamento jurídico do Simed, onde ocorria uma reunião. No local, ele ouviu de pessoas que participavam da reunião que a presidente atual do Simed, Janice Pankov, é quem deveria receber a notificação. Uma pessoa que estava na reunião antes de o oficial de Justiça chegar disse: “Mas, como é eleição as pessoas estão rodando”, dando a entender que a presidente não estava no prédio.
Novo Descumprimento
Mesmo após a ida do oficial de Justiça ao Simed, a votação continua na capital. Isso significa que é mais uma decisão judicial descumprida pela atual gestão do Simed. A diretoria atual do sindicato é reincidente pois não cumpriu, desde o dia 13, outra decisão da Justiça do Trabalho que determinava reabertura de prazos para a eleição da categoria. Com isso, a multa de R$ 5 mil, já totaliza R$ 70 mil em prejuízos aos cofres públicos do sindicato.