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Foto: Divulgação

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A um dia da eleição para a escolha do novo presidente do Sindicato dos Médicos no Estado do Tocantins (Simed-TO), o candidato pela chapa 2 “Responsabilidade Classista”, Hugo Magalhães, 34, disse estar otimista e revela que após visitas a médicos e hospitais de norte a sul do Estado o sentimento da categoria é por mudança, renovação e necessidade de união da classe. “O sentimento após as visitas nos hospitais da capital, do interior e demais unidades de saúde é o de mudança, a necessidade de mudança, uma gestão arrojada, comprometida, mas que tenha responsabilidade, que tenha condições e seja capaz de unir a categoria, fortalecê-la. E nosso grupo tem isso”, disse. 

A votação ocorre nessa quinta-feira, 30. Cerca de mil profissionais sindicalizados têm direito a participar. Médicos de Palmas, Araguaína e Gurupi poderão votar presencialmente em urnas cedidas pelo Tribunal Regional Eleitoral (TRE). Os profissionais sindicalizados de outros municípios participam do pleito por meio de votação por meio de cartas. A atual presidente, Janice Painkow, há oito anos no cargo, tenta a reeleição. 

Mudança com Responsabilidade

Hugo Magalhães encerrou no final da tarde desta terça-feira, 28, uma série de visitas a médicos do interior do Estado. “A chapa 2 é a mudança com responsabilidade para unir a classe na luta por seus direitos. Responsabilidade por unir médicos jovens e outros mais experientes, combativos que, independente de funções ou cargos em sindicato, lutam por melhoria na condição de trabalho, cumprimento e manutenção dos direitos de todos nós”, afirmou o candidato.

Nesta quarta-feira, Hugo e membros da chapa vão se concentrar nos contatos com médicos da capital. “Desde o início da campanha nós comprovamos aquilo que já tínhamos conhecimento: nossos colegas sofrem com o não cumprimento e pagamento de direitos. Sofrem com condições de trabalho precárias e o pior: sem o respaldo necessário do Simed”, declarou. “Visitamos as unidades de saúde de norte a sul do Tocantins e a queixa dos médicos, principalmente, do interior é que estão desamparados, não têm o respaldo necessário”, complementou.

Renovação da Gestão 

Para Hugo, o grupo que forma a chapa 2 entrou na disputa por acreditar na renovação, na mudança de gestão e por ter um conjunto de ideias e propostas construída junto com a categoria. “Nosso grupo é formado por profissionais responsáveis, corajosos, ousados, independentes, mas totalmente comprometidos com a causa da melhoria da saúde como um todo. A chapa já mostrou durante a campanha que não foge à luta quando há algum direito negado. Sabemos muito bem o caminho do diálogo e exercemos, mas também conhecemos os caminhos da Justiça.”

Ele declarou também que, apesar das polêmicas e embates judiciais, a chapa se fortaleceu e recebeu da categoria respaldo. “Primeiro, tivemos de ir à Justiça para simplesmente ter o direito democrático de participar da eleição, que era nos negado. Depois, tivemos de recorrer à Justiça para manter os direitos, corrigir muitas coisas da votação. Lutamos para que colegas do interior pudessem votar presencialmente diante das falhas relacionadas ao voto por carta”, pontuou.

Ele se refere ao fato de, em audiência na Justiça do Trabalho, a atual presidente do Simed, Janice Painkow (candidata à reeleição que está há oito anos no cargo) ter dito que o sindicato não possuía verba para arcar com os custos de votação por urnas no interior. O Simed, conforme balanço assinado pela própria presidente, fechou 2015 com lucro líquido de mais de R$ 700 mil e, em março deste ano, recebeu cerca de R$ 500 mil de contribuição sindical. Coube à chapa 2, de oposição, se comprometer com o pagamento dos custos da votação por urnas em Araguaína e Gurupi.

Direitos e valorização do médico 

São sete as principais propostas da chapa 2 (confira todos os detalhes no site http://www.mudasimed2.com.br/). Entre elas estão: defesa dos direitos, melhoria das condições de trabalho, valorização da classe e a criação de um plantão jurídico 24 horas. “Não é novidade que a saúde do Estado está um caos. Diante disso, tudo que ocorre no hospital a responsabilidade é do médico. O culpado sempre é o médico. A corda sempre arrebenta no seu lado. Ele arca com todo o ônus de uma gestão de saúde ineficaz. Qual o respaldo que o colega tem hoje?”, questionou.

Segundo ele, o plantão jurídico 24h é uma das prioridades. "Funcionará, de fato. O colega não precisará mais contratar advogado particular para defende-lo, não! A comunicação de qualquer problema será ágil, por meio de um aplicativo disponível para todos os colegas da capital e interior. Algo prático, eficaz e que dará o respaldo verdadeiro aos colegas”, finalizou.