O secretário da Segurança Pública do Tocantins, Cesar Roberto Simoni de Freitas, juntamente com representantes das forças policiais do estado participaram de mais uma etapa da implementação do Pacto Interestadual de Segurança Pública, realizado na cidade de Posse (GO), nesta quinta-feira, 21. Na ocasião foi instalado o subcomitê de segurança pública dos estados do Tocantins, Goiás e Bahia e delineado o plano de trabalho de operações integradas nesses estados.
Durante o encontro o secretário, César Roberto Simoni de Freitas defendeu a criação de um Ministério da Segurança Pública, projeto de iniciativa do secretário da segurança pública do estado de Goiás, José Eliton, por entender que segurança é tão importante quanto a saúde e a educação. “Nós entendemos que deveria ser criado o Ministério da Segurança Pública, já que o assunto é tão importante quanto saúde e educação. No entanto, quando se trata de segurança pública, precisamos [secretários de segurança pública] andar com pires na mão pedindo ajuda, por que nunca dispomos de recursos suficientes”, desabafou.
Da Secretaria da Segurança Pública (SSP) do Tocantins, acompanharam o Secretário Cesar Simoni, o superintendente da Polícia Científica, Gilvan Noleto e o Delegado-geral, em exercício, Roger Knewitz, além dos delegados regionais de Dianópolis e Arraias, que são próximas às divisas de Goiás e Bahia e representantes da Polícia Militar.
Para Gilvan Noleto a sociedade não tolera mais esse modelo arcaico de segurança pública sem atitudes realmente preventivas. “É preciso mais que marketing, pois no modelo atual a polícia só tem agido apos o sangue derramado, enquanto as famílias choram suas vítimas. Isso equivale à polícia correr sem sair do lugar, como se patinasse em terreno alagadiço, destacou. O superintendente elogiou os idealizadores do consórcio entre os estados que fazem parte do Pacto Brasil Central pela visão moderna da ação policial, calcada em investimentos em planejamento, tecnologia e inteligência e ressaltou também a importância dos investimentos na modernização da Polícia Científica. “Sem investimentos na modernização da Polícia Científica não se robustece provas, não se materializa a verdade que mantém o malfeitor preso, fora do convívio social”, argumentou.
Já o delegado-geral, em exercício, falou da importância da integração entre as forças de segurança estaduais e federais, entre os Estados, já que o compartilhamento de informações, permite que as ações sejam melhor planejadas e os resultados mais exitosos. “O compartilhamento de informações e o contato direto com as forças policiais de outras unidades federativas nos permite ter uma visão mais ampla da criminalidade a ser combatida e também a planejar com mais precisão e com maiores possibilidades de acertos. É preciso fechar nossas divisas para as organizações criminosas e desburocratizar a abertura das mesmas para o trânsito livre entre as forças de segurança interestaduais e isso começa a acontecer com a implementação do presente pacto.”, declarou.