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Polí­tica

Políticos do Tocantins citados na delação de executivos da empresa Odebrecht se manifestaram nesta quarta-feira, 12, negando terem recebido recursos ilícitos ou participação em atos de corrupção. Nessa terça-feira, 11, foi divulgada a lista do ministro Edson Fachin, relator da operação Lava Jato no Supremo Tribunal Federal (STF), na qual consta a instauração de inquérito contra a senadora tocantinense Kátia Abreu (PMDB) e pedidos de instauração de inquéritos contra outros políticos do Estado, entre os quais, o governador Marcelo Miranda (PMDB).

Além deles dois, estão na lista de delações da Odebrecht, os seguintes políticos do Tocantins: o deputado federal Irajá Abreu (PSD), os ex­-governadores Siqueira Campos (sem partido) e Sandoval Cardoso (PSD); o deputado estadual Eduardo Siqueira Campos (DEM), os prefeitos Ronaldo Dimas (PR) de Araguaína; Laurez Moreira (PSB), de Gurupi; o ex-deputado federal Júnior Coimbra, o ex­-deputado estadual Marcelo Lelis (PV), o ex­-prefeito de Taguatinga, Eronildes Teixeira de Queiroz, e Zélia Ribeiro.

Até o momento, Kátia Abreu, Marcelo Miranda, Laurez Moireira, Ronaldo Dimas, Marcelo Lelis e Eduardo Siqueira se manifestaram sobre o assunto. O Conexão Tocantins mantém o espaço para resposta de todos dos demais citados.

Confira abaixo a íntegra das notas divulgadas:

Senadora Kátia Abreu

"A respeito da decisão do Supremo Tribunal Federal, que autorizou abertura de inquérito para investigar nove ministros, 29 senadores e 42 deputados federais, na qual o meu nome é citado, declaro que:

Lamentavelmente, por desconhecer o conteúdo da decisão do ministro Edson Fachin, não tenho, neste momento, elementos suficientes que me permitam rebater as supostas acusações feitas contra mim e o meu marido, mas afirmo categoricamente que, em toda a minha vida pública, nunca participei corrupção e nunca aceitei participar de qualquer movimento de grupos fora da lei. Estarei à disposição para prestar todos os esclarecimentos necessários de maneira a eliminar qualquer dúvida sobre a nossa conduta.

Sigo trabalhando no Senado pelo Brasil e pelo Tocantins. Minha história e minha correção são a base fundamental da minha defesa.

Senadora Kátia Abreu”

Governador Marcelo Miranda

A Secretaria de Estado da Comunicação Social esclarece que o governador Marcelo Miranda foi somente citado, não houve indiciamento. Mas vale considerar que todas as doações de campanha do governador foram feitas de forma legal, devidamente declaradas e as contas aprovadas. 

Secretaria de Estado da Comunicação Social”

Prefeito Laurez Moreira

“O Prefeito de Gurupi, Laurez Moreira informa que não teve acesso às informações da suposta citação e reforça o seu compromisso de colaborar com a justiça para esclarecimento de qualquer dúvida relacionada à retidão de sua conduta pública, até porque a sua carreira política foi sempre pautada pela ética, responsabilidade e transparência.”

Prefeito Ronaldo Dimas

“Bom dia! Uma manhã estranha esta de hoje, 12 de abril de 2017.

Como nem sei qual o teor e muito menos do que estou sendo acusado, informo que não recebi nenhum recurso ilícito e todas as contas das campanhas eleitorais que participei foram aprovadas.

É de conhecimento comum que a Odebrecht era a acionista majoritária da Saneatins e o que tivemos ao longo dos últimos quatro anos foi um relacionamento muito difícil, sempre exigindo melhorias na qualidade dos serviços, em função dos inúmeros estragos na pavimentação causados pelos frequentes vazamentos na rede de distribuição de água e o atraso na implantação da rede de tratamento de esgoto de Araguaína.

Me pronunciarei com maior clareza após ter todas as informações.

Ronaldo Dimas”

Ex-deputado estadual Marcelo Lelis 

“Surpreso com a citação do meu nome como beneficiário de doação da empresa Odebrecht esclareço e asseguro que não recebi nenhum tipo de recurso da referida empresa, assim como não autorizei que ninguém o fizesse em meu nome. Aguardo acesso ao teor das acusações a fim de esclarecer o assunto”.

Nota à Imprensa Deputado Irajá Abreu

“Venho esclarecer a respeito da matéria jornalística publicada na imprensa que;

O meu nome não foi apresentado na "lista" do Ministro Edson Fachin do Supremo Tribunal Federal (STF) que determinou a abertura de inquérito de 9 ministros, 29 senadores e 42 deputados Federais. Pelo contrário, este mesmo Ministro devolveu o meu processo à Procuradoria-Geral da República (PGR).

Reitero, que todas as doações feitas para as minhas campanhas eleitorais foram realizadas dentro da lei, devidamente declaradas e aprovadas pelo TRE/TO. Confio plenamente na Justiça, portanto, não temo qualquer investigação e me coloco à disposição para todos os esclarecimentos necessários.

Continuarei trabalhando pelo Estado do Tocantins no Congresso Nacional, sempre cumprindo com responsabilidade o desafio a mim confiado por milhares de Tocantinenses, seguindo o princípio da legalidade que é formador do meu caráter como homem, cidadão e parlamentar”.

Irajá Abreu

Deputado Federal

Deputado Eduardo Siqueira e ex-governador Siqueira 

O deputado Eduardo Siqueira Campos e o ex-governador Siqueira Campos não tiveram acesso aos depoimentos que trazem qualquer citação de seus nomes na lista divulgada pelo ministro Luís Edson Fachin. O que se sabe até o momento é que o teor dos depoimentos coletados serão remetidos ao foro competente para verificação, arquivamento ou processo que permita o contraditório e  a ampla defesa. Sem processo aberto, nem conhecimento de acusação formal que possa ser rebatida, não cabe qualquer declaração, mas apenas reafirmar, que tanto o deputado Eduardo Siqueira Campos, quanto o ex-governador Siqueira Campos, sempre pautaram suas vidas obedecendo os preceitos legais, com ética, transparência e respeito ao povo Tocantinense . 

Nota de Esclarecimento Herbert Brito Barros

O presidente do Naturatins, Herbert Brito Barros, esclarece que não responde a qualquer processo ou inquérito no âmbito da Justiça Eleitoral. Ele ressalta que, sobre possíveis citações de seu nome por delatores da empresa Odebrecht, prestará os devidos esclarecimentos à Justiça, caso seja convocado a fazê-lo.

Secretaria de Estado da Comunicação Social