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Representantes de centrais e de sindicatos em reunião de organização do movimento

Representantes de centrais e de sindicatos em reunião de organização do movimento Foto: Divulgação

Foto: Divulgação Representantes de centrais e de sindicatos em reunião de organização do movimento Representantes de centrais e de sindicatos em reunião de organização do movimento

Em todo o Brasil, as centrais sindicais promovem, nesta sexta-feira, 10 de novembro, uma grande mobilização contra a retirada de direitos dos trabalhadores promovida pelo governo federal. Em Palmas/TO, o movimento é organizado em conjunto pela Força Sindical, Central Pública, CTB (Central Brasileira dos Trabalhadores), CUT (Central única dos Trabalhadores), Nova Central e UGT (União Geral dos Trabalhadores). A mobilização se inicia às 9 horas, no centro da cidade.

A pauta principal das centrais é protestar contra Nova Lei Trabalhista, que precariza as relações de trabalho abrindo espaço para aumento de jornada, diminuição de horário de almoço, redução de férias entre outros pontos. A lei entra em vigor no mesmo dia da manifestação. Os sindicalistas também vão atacar a proposta de Reforma de Previdência do governo e a alteração da lei de trabalho escravo, que permite abusos por parte dos maus empregadores praticamente sem qualquer punição.

“O momento é de reação total. Agora não interessa quem é de qual central, que espaço está disputando, quem faz, ou não parte de federação. Temos, todos, um inimigo em comum, que é esse governo, cada vez mais perverso com os trabalhadores”, ressaltou o diretor-tesoureiro da Fesserto (Federação dos Sindicatos dos Servidores Públicos do Tocantins), José Ronaldo dos Santos.

Filiada à Força Sindical, a Fesserto reuniu, nessa quarta-feira, 8 de novembro, o Sidifiscal (Sindicato dos Auditores Fiscais da Receita Estadual do Tocantins), o Sindagro (Sindicato dos Profissionais de Defesa Agropecuária do Estado do Tocantins), o Seet (Sindicato dos Profissionais da Enfermagem no Estado do Tocantins), a Associação de Gestores Públicos, o Sindilegis-TO (Sindicato dos Servidores da Assembleia Legislativa do Tocantins), o Sindicato dos Caminhoneiros, o Sindicato dos Aposentados, dos funcionários dos postos de combustíveis, da Construção Civil Leve, da Construção Pesada, outros sindicatos da iniciativa privada, além da própria Central Pública e a CTB para ajustes da estratégia final da mobilização.

Todos concordam que o momento é de união total e mostrar força, convencendo a sociedade da gravidade do que vem ocorrendo.

Juros e combustíveis

Outra pauta do movimento é contra a prática de juros abusivos pelo sistema bancário. Mesmo quando a taxa básica cai um pouco, os bancos mantêm os juros ultra abusivos, entre os maiores do mundo. “O governo prejudica o trabalhador com a redução de direitos, com a precarização das relações dos trabalhos, e os bancos tratam de piorar a situação, com juros gigantes”, salientou José Ronaldo.

A nova política de preços de combustíveis da Petrobras, que vem provocando reajustes nos preços quase que semanalmente, também será atacada. “A todo momento os combustíveis vêm aumentando. Há uma disparada nos preços que cada vez faz mais mal aos trabalhadores. Isso é inadmissível em um país produtor de Petróleo como o nosso. Em Palmas, já estão vendendo a gasolina a mais de R$ 4,30”, frisou o sindicalista.

Para as centrais, o atual governo, recheado de casos de corrupção, não tem qualquer legitimidade para fazer reformas como pretende, ainda mais cortando apenas do lado mais fraco. “Quem quer reformar precisa ter autoridade moral e, se há necessidade de cortar gastos, os prejuízos têm que ser divididos entre todos, não apenas o trabalhador”, ressaltou José Ronaldo, ao destacar que, no caso da Previdência, antes de obrigar as pessoas a contribuírem por 50 anos, o governo deveria promover uma grande ação de cobrança dos maiores devedores. “Metade da dívida é dinheiro suficiente para evitar a reforma por muitos anos”, finalizou.