A presidente do Sindicato dos Jornalistas (SINDJOR-TO) Alessandra Bacelar, acompanhada da vice-presidente Socorro Loureiro e dos diretores Júnior Veras, Terciany Lima e Álvaro Vallim, reuniram-se na manhã desta terça-feira (19), com o presidente da Assembleia Legislativa do Tocantins, Toinho Andrade (PHS).
O objetivo do sindicato foi levar ao conhecimento do presidente as principais reivindicações e demandas da categoria junto a Casa de Leis. Durante a reunião, Alessandra destacou a luta da classe, pela regulamentação da carga horária de 25 horas semanais para jornalistas, repórteres fotográficos e cinematográficos.
“Existe uma Lei Federal desde 1969, que estabelece 25 horas semanais para a classe, mas que ainda não é reconhecida pelo Estado. Sendo esta uma das principais bandeiras da categoria: conseguir fazer a regulamentação da lei em âmbito estadual, ou seja, mobilizar o governo para que envie para a Casa de Leis, um Projeto de Lei alterando o Art. 19 da Lei 1.818 a fim de que reconheça a jornada de trabalho já regulamentada em Lei Federal”, reforçou.
Embora a jornada de 25 h seja um direito já conquistado através de legislação especial a sua não regulamentação no âmbito do governo tem levado a distorções.
Com relação as demandas da Casa, a presidente destacou que uma das lutas do Sindjor junto a Assembleia é a questão da contratação de profissionais de Comunicação para os cargos de competência técnica da área. “Pedimos ao senhor e demais deputados que quando for autorizar a contratação de pessoas para os cargos da área de comunicação e de assessor de comunicação que seja observado o perfil técnico, ou seja se está habilitada a atuar no cargo. Temos aí um número de profissionais bons no mercado que hoje estão desempregados, e poderiam estar atuando nessas áreas. Isso evita um desgaste com a categoria e principalmente o descrédito com a população”, esclareceu.
A sindicalista também chamou atenção para a questão do reajuste salarial do cargo de Assessor de Comunicação da Assembleia, o piso hoje se encontra defasado em relação ao mercado. “O cargo foi criado em 2015, com salário no valor de R$ 2.100,00 e desde então permanece defasado, sem reajuste, conforme a correção da inflação, em relação ao piso salarial estadual da categoria, que hoje se encontra no valor de R$ 2.476,84 e nem em relação a outros cargos da estrutura da AL”. Pedimos que o senhor corrija essa injustiça tendo um olhar com sensibilidade em relação a essa causa”, ressaltou. “Outra coisa importante que deve ser observada é que não podemos considerar como salário, os benefícios e subsídios de vale alimentação e de representação, como se fossem salário, porque isso não conta para a previdência no caso de um afastamento do profissional por invalidez”, observou.
Outra demanda também, apontada pela sindicalista, foi em relação a estruturação da TV Assembleia. “Sabemos que o senhor pretende ampliar o sinal da TV, expandido para outros munícipios, mediante isso, queremos aproveitar para pedir a estruturação da Televisão, dando melhores condições de trabalho, bem como ampliando o quadro de profissionais na estrutura da TV, tendo em vista que a mesma será ampliada e com certeza será necessária a implementação de novos programas na grade”, avaliou.
Foi reivindicado também pelos sindicalistas a abertura de vagas para jornalistas, repórteres fotográfico e cinematográfico em concurso público. “Temos alguns profissionais que estão próximos de se aposentar e queremos ter a garantia de que essas vagas sejam ocupadas mediante concurso público” lembrou a presidente.
Por fim foi cobrado melhores condições de trabalho para a imprensa na bancada dos jornalistas da Assembleia Legislativa. “Temos ali hoje, profissionais sendo prejudicados na hora de desempenhar o seu trabalho, tendo que disputar espaço ocupado por populares que visitam a Assembleia”.
“Os representantes do sindicato elogiaram a indicação do jornalista Edvaldo Rodrigues para o cargo de Diretoria Geral de Comunicação e Publicidade. “Queremos externar a nossa felicidade de termos aqui na Assembleia Legislativa, um colega e bom profissional competente como o Edivaldo, a frente da Diretoria Geral de Comunicação que é um profissional bem referenciado pela categoria. Colocamos o sindicato a disposição para o que for necessário”, concluiu a presidente
O deputado Antônio Andrade disse que a intenção dele como presidente é ser parceiro dos jornalistas. “Queremos aqui de forma diferenciada prestigiar todas as entidades, principalmente os jornalistas do nosso Estado. Aqui vocês vão ter o gabinete de portas abertas e a disposição de vocês para o que for necessário”, destacou o deputado, pedindo desculpas em nome de todos os deputados à entidade pelo equívoco ocorrido, com contratação do ex-prefeito de Itaguatins, Homero Barreto, para o cargo de Diretor de Comunicação da Assembleia Legislativa.
O deputado Antônio Andrade disse ainda que vai fazer um levantamento para ver a viabilidade de levar o sinal da TV Assembleia para as 20 maiores cidades do Estado. “É uma forma de atingirmos uma média de 700 a 800 mil pessoas nessas maiores cidades. Queremos mostrar o trabalho dos deputados e fazer uma prestação de contas de uma forma mais rápida para a sociedade. Com isso, vamos procurar prestigiar a classe e dar oportunidade para os jornalistas”, afirmou.
Em relação aos trabalhos da imprensa na bancada, “eu já observava bem antes o local de trabalho deles com tristeza. Assim que assumi, chamei o Edivaldo e pedi para fazer a compra de novos bancos para imprensa e a confecção de crachás para o acesso ao local. Lá será área exclusiva da imprensa, só poderá entrar quem estiver credenciado com o crachá”, ressaltou.
Ao final foi da reunião foi entregue um ofício ao presidente da AL com as demandas do Sindjor. (Dicom Sindjor)