O Instituto Natureza do Tocantins (Naturatins), órgão responsável pelo Monaf do Tocantins, recebeu o levantamento parcial das visitas ocorridas na Unidade de Conservação, nesse ano. Em 2019, a área composta por sítios de fósseis vegetais, formações rochosas e campos abertos já recebeu cerca de 200 visitantes, interessados em conhecer as belezas e rotinas das gestão desses Patrimônios Histórico Cultural do Tocantins, no Monumento.
O relatório também destaca que todas as visitas exigem o agendamento prévio realizado na Sede, por telefone ou via e-mail e os visitantes são conduzidos, exclusivamente, por equipes técnicas do Monumento Natural.
"Os atrativos paleobotânicos do Tocantins, que compõe o mosaico de áreas naturais do Monaf, possui um importante patrimônio para o campo científico. São vegetações fossilizadas e estruturas rochosas pesquisadas, que ainda guardam conhecimento de interesse acadêmico e de especialista do mundo inteiro. O Naturatins tem a missão e conta com equipes comprometidas na preservação desse patrimônio", afirmou o presidente do Naturatins, Marcelo Falcão.
O diretor de Biodiversidade e Áreas Protegidas do Naturatins, Warley Rodrigues, reiterou que o relatório do Monaf também apresenta a soma de visitação ocorrida nos últimos 12 meses. "Os atrativos da UC foram frequentados por mais de 1300 visitantes, entre cientistas, especialistas, acadêmicos, estudantes e turistas brasileiros e estrangeiros. Com o início do período letivo, a procura dos visitantes aumentam consideravelmente, motivo que leva o Monaf a manter o ordenamento de visitas controladas, para proteção e preservação dos recursos naturais da Unidade de Conservação".
Em seguida, o gerente de Unidades de Conservação do Instituto, Carlos Carreira, destacou que frequentemente são recebidos grupos visitantes. "Recentemente, o Monaf recebeu para visita técnica um grupo de acadêmicos da Universidade Federal do Tocantins (UFT), do campus de Tocantinópolis. Durante a visita, a equipe do Monaf apresentou o histórico da UC, as atividades da gestão e os elementos paleobotânicos do Monumento. Geralmente, os visitantes têm objetivo de vivenciar as temáticas ambientais e ampliar seus conhecimentos sobre a Unidade de Conservação".
O gerente do Monaf do Tocantins, Hermisio Alecrim, esclareceu que as florestas petrificadas são áreas que apresentam grande quantidade de caules fósseis. "No Monaf, esses caules fósseis são encontrados em afloramentos ou simplesmente espalhados pelo chão, geralmente sem ramos ou outros órgãos do vegetal fossilizado. O processo de preservação envolveu o soterramento desses vegetais por sedimentos siliciclásticos (sílica) protegendo-os das intempéries, fungos e oxigênio", relatou o gerente complementando.
"Para observar esses sítios naturais raros e singulares, o público visitante são, na sua grande maioria, acadêmicos do Tocantins e de outras regiões do Brasil. Outros grupos e entidades de interesse científico, também têm visitado o Monaf. E para proteção dos elementos naturais da Unidade, todas as visitas são conduzidas por nossa equipe técnica", concluiu Hermisio Alecrim.
O gerente do Monaf do Tocantins comentou ainda, que na semana do Dia Mundial da Água, nas rodas de conversas com visitantes, as equipes técnicas também enfatizam o papel da água e a importância de preservar esse bem essencial a sobrevivência de todas as espécies.
A sede da Unidade de Conservação fica localizada no Distrito de Bielândia, município de Filadélfia (TO), com acesso pelas rodovias TO-222 e TO-130. Entre os atrativos do mosaico de área natural, podem ser encontrados sítios naturais de fósseis vegetais nas fazendas (Buritirana, Andradina), além da contemplação através de mirante de formações rochosas e campos abertos.
Agendamento
As visitas ocorrem de forma ordenada por agendamento através dos telefones ou por e-mail: mnaf@naturatins.to.gov.br e são conduzidas à campo, exclusivamente por técnicos do Monaf, a partir da sede.
Monaf
O Monumento Natural de Árvores Fossilizadas do Tocantins é formado por um mosaico de áreas naturais de aproximadamente 32 mil hectares particulares, entrecortadas por “zonas” com atividades de pecuária, proteção integral, e também de ocupação humana.
Consideradas Patrimônio Histórico Cultural, entre os elementos paleobotânicos do Monumento se destacam as samambaias arborescente, que no período Paleozóico se distribuíram largamente pela Terra, em meio às comunidades de plantas higrófilas de terras baixas. A notável diversidade de padrões morfológicos, anatômicos, ecológicos e de crescimento são aspecto tornaram os elementos paleobotânicos, peça-chave do patrimônio científico mundial para os estudiosos, que investigam florestas, clima e ecologia do período permiano.