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Polí­tica

Wally Aparecida Macedo Vidovix foi presidente do Previpalmas em 2015

Wally Aparecida Macedo Vidovix foi presidente do Previpalmas em 2015 Foto: Reprodução/ Youtube

Foto: Reprodução/ Youtube Wally Aparecida Macedo Vidovix foi presidente do Previpalmas em 2015 Wally Aparecida Macedo Vidovix foi presidente do Previpalmas em 2015

A Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) que investiga possíveis irregularidades no instituto de gestão previdenciária dos servidores da prefeitura de Palmas (Previpalmas) recebeu nesta segunda-feira, 29, a ex-presidente do instituto Wally Aparecida Macedo Vidovix, que administrou o órgão por 5 meses no ano de 2015.

Questionada pelos vereadores, Wally disse que durante sua gestão jamais conseguiu agendar reuniões para despachar diretamente com o ex-prefeito de Palmas, Carlos Amastha e que só o encontrou quando foi apresentada a ele após ser nomeada para o cargo. “Eu ia a todas as convocações na tentativa de falar com ele e uma vez cheguei a falar, ‘prefeito, preciso despachar com o senhor’ e ele me respondeu para resolver com o Cláudio”, disse a ex-presidente referindo-se a Cláudio Schuller Scüller, ex-secretário de finanças Cláudio Schüller.

Vidovix disse ainda ao presidente da CPI, vereador Milton Neris (PP), que não tinha conhecimento dos fundos Tercon e Cais Mauá na época de sua gestão e acrescentou que não realizou nenhum investimento pelo Previpalmas naquele ano e que todos os investimentos do instituto há época já haviam sido realizados antes de sua nomeação.

A ex-presidente informou aos parlamentares ainda que foi exonerada pelo ex-prefeito Amastha através de uma mensagem de whatsapp e que desconhece os motivos da demissão.

Fleury

Mesmo após intimação judicial, o também ex-presidente do Previpalmas Maxilane Fleury novamente não compareceu para prestar depoimento na CPI. As aplicações objeto de investigação da comissão foram realizadas na gestão de Fleury e para o presidente da CPI, Milton Neris, a presença do mesmo é indispensável aos andamentos dos trabalhos e conclusão da comissão.

O oficial de justiça destacado para intimar Fleury não o localizou para entregar a intimação de presença na reunião da CPI desta segunda-feira. Por este motivo Maxilane Fleury deverá ser conduzido coercitivamente para prestar depoimento no dia 21 de maio. Os parlamentares presentes aprovaram a condução coercitiva de Fleury por unanimidade.

Gobi Lira

Os vereadores também aprovaram que a oitiva da testemunha Elton Félix Gobi Lira seja reservada, ao contrário do que pleiteava o advogado de Carlos Amastha, Leandro Manzano.

O advogado apresentou aos vereadores um requerimento para que pudesse acompanhar o depoimento de Gobi Lira que está preso em uma penitenciária no Estado do Pará. Os vereadores, no entanto, votaram pela rejeição do pedido do advogado, com votos divergentes dos vereadores Tiago Andrino (PSB) e Moisemar Marinho. 

Gobi Lira está preso em Belém-PA por suspeita de crimes contra o Sistema Financeiro Nacional. Ele era administrador das empresas Êxito e Assessoria Ltda., Êxito Consultoria de Investimentos Ltda e Êxito Previdência Ltda, que foram identificadas nas investigações da Polícia Federal como responsáveis por diversas fraudes previdenciárias, inclusive no Previpalmas.

O depoimento de Gobi Lira vai acontecer no dia 7 de maio no presídio onde está encarcerado no Pará. Ouvirão o depoente 5 vereadores e 2 assessores parlamentares.