O Sindicato dos Médicos no Estado do Tocantins (SIMED) refuta a tentativa dos deputados estaduais de, segundo o sindicato, enganar a sociedade e servidores da saúde ao aprovar parecer fruto do pedido de vistas dos deputados Ivory de Lira e Issam Saad, na Comissão de Finanças, Tributação e Controle da Assembleia Legislativa, alegando que esse resultado é fruto de acordo que inclui a classe médica.
Em nota assinada pela presidente Janice Painkow, o Simed informa que jamais participaria de um acordo que fere os direitos trabalhistas dos seus associados e que refuta o uso indevido da classe medica nesse "engodo legislativo", uma das mais prejudicadas na Medida Provisória Nº 5. "Reconhecemos o esforço do deputado Nilton Franco na condução da matéria e na propositura de um Projeto de Lei de conversão, esse sim, em sintonia com os direitos dos servidores fixados em lei, apresentado na Comissão e lamentamos que o menosprezo dos deputados pela legislação trabalhista resulte no encaminhamento para votação em Plenário de uma proposta final que fixa a conversão da jornada de trabalho em plantões que extrapola a carga horária dos profissionais médicos", posiciona o sindicato.
Ainda de acordo com o Simed, além do menosprezo aos profissionais, a postura do parlamento é um desrespeito à vida dos profissionais que laboram nos hospitais justamente para preservar a vida dos pacientes.
O Simed informa que não desistirá de provar, no foro competente, a ilegalidade da proposta e espera o desfecho legislativo para ir à Justiça. "Para ir na Justiça provar o equívoco do governo estadual, respaldado pela Assembleia Legislativa, para que o Judiciário reconheça os direitos dos servidores a uma conversão justa na carga horária de trabalho nos hospitais", conclui.