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Saúde

Segundo a pneumo pediatra Andrea Silva do Amaral os sintomas respiratórios são a maior preocupação nesta época

Segundo a pneumo pediatra Andrea Silva do Amaral os sintomas respiratórios são a maior preocupação nesta época Foto: André Araújo

Foto: André Araújo Segundo a pneumo pediatra Andrea Silva do Amaral os sintomas respiratórios são a maior preocupação nesta época Segundo a pneumo pediatra Andrea Silva do Amaral os sintomas respiratórios são a maior preocupação nesta época

Tosse, febre, dificuldades em respirar, gripe, coriza e chiado no peito são os principais sintomas que levam as famílias a lotarem o Pronto Socorro do Hospital Infantil de Palmas (HIP) nesta época do ano. O clima seco e as queimadas são os principais agravantes que segundo especialistas, podem ser atenuados com cuidados diários, como ambiente limpo, arejado e umidificado.

Segundo a pneumo pediatra, Andrea Silva do Amaral, os sintomas respiratórios são a maior preocupação nesta época de sazonalidade. “Não é atoa que a campanha de vacinação contra gripe ocorre sempre antes deste período de seca, para que se reduza o índice de infeções, devido ao clima seco e com queimadas, que aumenta a incidência de ocorrência dos sintomas”, afirmou.

A especialista explica que as crianças que já tiveram chiados em outras épocas são mais propícias e já mostram que tem uma predisposição a ter os quadros de problemas respiratórios que agravam com as questões climáticas e ambientais, o que acaba por leva-las à unidade de saúde. “As mães que tem filhos com estes quadros, a orientação é que ao começar a tossir, já entre com medicação de resgate, que são os nebulizadores e os bronquiodilatadores e evitar situações que piorem o quadro, como ambientes fechados, aglomerados e contato com pessoas que estejam gripadas e fumaça. A limpeza das narinas também deve ser mantida para que haja a hidratação e se evite sangramentos, que são lesões mais propícias às bactérias e fungos”, destaca.

Outro cuidado destacado por Andrea diz respeito à rotina na época de praias, em que as famílias passam muito tempo ás margens de rios e lagos e deixam as crianças muito tempo expostas ao sol e com roupas molhadas. “É importante dosar este tempo na água e no sol e observar a mudança de temperatura em ambientes de acampamentos, pois durante o dia é muito quente e à noite esfria muito. Estas mudanças bruscas de temperaturas são ruins para quem tem predisposição”.

Os cuidados com a ambientação da casa também são elencados pela especialista. “O ideal é sempre um ambiente com ventilação, mas nesta época a tendência é as pessoas se fecharem em busca do ar-condicionado. Então a limpeza com o aparelho deve ser observada e a umidificação do ambiente também, mas esta umidificação é melhor que seja feita com toalhas molhadas ou vasilhas com água. Contudo, a orientação é que estas vasilhas fiquem em uma altura que não ofereça riscos para os pequenos, uma vez que temos visto casos de crianças que se afogam em baldes e banheiras”.

A dona de casa Rosilene Maurílio dos Anjos, já sente os efeitos das mudanças climáticas, na saúde da filha Vitória. “Minha filha só tem cinco meses e já estamos aqui para atendimento por causa de tosse e dificuldade em respirar. Desde que as chuvas pararam ela tem passado por isso. Já recebemos medicação e orientação que pretendo aplicar em casa e tentar melhorar”, disse.

Caso identifique os sintomas, é importante procurar um médico. Alguns planos de saúde dispõem de aconselhamento médico por telefone, podendo esclarecer dúvidas sobre como identificar e se proteger da gripe.

Dados

Segundo dados do Sistema de Informação de Vigilância Epidemiológica da Gripe, do Ministério da Saúde, em 2019, foram notificados no Tocantins, 1.278 casos com síndrome gripal, em crianças de 0 a 9 anos.