Conexão Tocantins - O Brasil que se encontra aqui é visto pelo mundo
Estado

Com a iminente paralisação dos atendimentos do Plano de Assistência à Saúde dos Servidores Públicos do Estado do Tocantins (Plansaúde), o governo estadual convocou uma reunião com os Sindicato dos Hospitais e Estabelecimentos de Serviços de Saúde no Estado do Tocantins (Sindessto) nesta segunda-feira, 21. 

Por conta de mais de oito meses de atraso no pagamento aos prestadores, a entidade comunicou ao governo que irá paralisar os atendimentos nesta terça-feira, 22. A reunião contou com a presença da presidente da entidade, Maria Lúcia Machado de Castro, prestadores associados ao Sindessto e do diretor do plano, Inejaim José Brito Siqueira. 

Após apresentação da proposta do governo, os filiados se reuniram em Assembleia Geral Extraordinária e apresentaram uma contraproposta ao governo. 

Dentre alguns pontos cobrados do governo estão: prazo de 30 dias para revisão conjunta da Tabela e Manual (com representantes do prestadores e Plansaúde); usar a portaria 560 de julho de 2017 durante revisão até publicação da tabela; equiparar os pagamentos dos prestadores que estão atrasados e colocar todos na mesma competência; estabelecer um cronograma de pagamento das parcelas em atraso para todos os prestadores através do parcelamento em dez vezes, concomitantemente ao pagamento das competências mensais a partir de agora; suspensão das glosas abusivas e revisão do processo interno de auditoria do Plansaúde/Infoway; negociação e elaboração de cronograma para pagamento das glosas irregulares realizadas nos últimos 36 meses a todos os prestadores. 

O Sindessto cobra também que a contraproposta, se aceita pelo governo, seja juntada como acordo no processo judicial em andamento. Atualmente o governo está em atraso com mais de oito meses de repasses aos prestadores, incluindo hospitais, clínicas e laboratórios. 

No último dia 11, o governo reuniu-se com o Sindessto, mas não houve consenso. O Sindicato seguiu com a decisão de paralisar os atendimentos. A expectativa é de que, para não afetar o usuário, o governo possa, desta vez, acatar a proposta dos prestadores. 

"Não queremos prejudicar o atendimento aos usuários. São mais de 80 mil vidas que dependem do plano. Mas chegamos ao nosso limite. O governo precisa rever a postura que tem com os prestadores e colocar como prioridade regularizar essa dívida, ter mais transparência e arcar com a responsabilidade de quitar o pagamento em dia. Queremos continuar atendendo, mas precisamos que o governo garanta que vai fazer sua parte", pondera a presidente do Sindessto, Maria Lucia Machado de Castro. 

O sindicato destaca ainda que os atrasos frequentes têm causado desequilíbrio econômico-financeiro nas empresas, impossibilitando o pagamento de fornecedores e trabalhadores.