O secretário da Indústria, Comércio e Serviços (Sics) e o presidente da Agência do Turismo, Cultura e Economia (Adetuc), Tom Lyra, recebeu, nesta segunda-feira, 3, as lideranças indígenas Karajá, da Ilha do Bananal, que vieram pedir o apoio do Governo do Estado para a realização do Ritual de Iniciação Karajá: o Hetohoky, a realizar-se entre os dias 18 e 21 de março.
Foram recebidos pelo secretário os caciques Izaque Waxiô Karajá, Clebe Ixydeo Karajá, além das lideranças Rebeca Dikutate Karajá e Wesley Kanela. Os caciques também oficializaram o convite da festa para o governador Mauro Carlesse e o secretário Tom Lyra e outros gestores do Estado.
Na ocasião, o secretário Tom Lyra destacou a importância do evento Hetohoky, considerado o maior ritual indígena entre os povos do Tocantins. O secretário Tom Lyra agradeceu, em nome do governador Mauro Carlesse, a visita dos caciques e disse estar honrado em receber o convite pessoalmente.
“Para nós é motivo de muito orgulho receber as lideranças indígenas Karajá. Isto demonstra claramente que o Estado do Tocantins, através das ações do governador Mauro Carlesse, tem conseguido fazer esta aproximação com a comunidade indígena através da valorização da sua cultura. Com certeza, vamos empreender esforços para levarmos o governador Mauro Carlesse à festa”, afirmou o secretário Tom Lyra.
Ao final, Tom Lyra entregou aos caciques um kit enviado pelo Governador Mauro Carlesse aos caciques e o Mapa Turístico das Etnias Indígenas do Tocantins.
Festa Hetohoky
A festa indígena, que representa a passagem da infância para a vida adulta dos meninos indígenas da comunidade faz parte da tradição da etnia Karajá. Além de expor a beleza e a exuberância das apresentações, a festa Hetohoky promove a diversidade da cultura indígena e demostra a força e a importância da etnia Karajá na construção da identidade cultural do Estado do Tocantins.
As crianças indígenas são preparadas para o Hetohoky por cerca de um mês. A preparação inclui ida para a floresta, onde, como parte do ritual, os meninos aprendem a caçar, pescar e valorizar os bens da natureza de onde a aldeia tira o sustento para a família. Além disso, ficam presos por uma semana numa casa de nome Hetohoky, ou casa grande. Os meninos karajá não podem sair e nem receber visitas de mulheres ou de outras crianças. Só alcançam a maioridade após dois anos de diversos rituais.