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 Gestoras da Seciju apresentam proposta de participação na Campanha Nacional Sinal Vermelho para a Violência Doméstica

Gestoras da Seciju apresentam proposta de participação na Campanha Nacional Sinal Vermelho para a Violência Doméstica Foto: Marcos Miranda

Foto: Marcos Miranda  Gestoras da Seciju apresentam proposta de participação na Campanha Nacional Sinal Vermelho para a Violência Doméstica Gestoras da Seciju apresentam proposta de participação na Campanha Nacional Sinal Vermelho para a Violência Doméstica

Com o objetivo de fechar parceria pelo combate à violência contra a mulher na sociedade tocantinense, a Diretoria dos Direitos Humanos e a Gerência da Política de Proteção às Mulheres da Secretaria de Estado da Cidadania e Justiça (Seciju) reuniram-se com a Associação Comercial e Industrial de Palmas-TO (Acipa) a fim de apresentar proposta de participação mais efetiva na Campanha Nacional Sinal Vermelho para a Violência Doméstica. Lançada pelo Conselho Nacional de Justiça (CNJ), a iniciativa tem como foco amparar mulheres em situação de violência a pedirem ajuda nas farmácias do País durante a pandemia do novo coronavírus.

O objetivo da campanha é oferecer um canal silencioso, permitindo que essas mulheres se identifiquem nesses locais e, a partir daí, sejam ajudadas e tomadas as devidas soluções. É uma atitude relativamente simples, que exige dois gestos apenas: para a vítima, fazer um X nas mãos; para a farmácia, uma ligação.

A presidente da Associação dos Magistrados Brasileiros (AMB), Renata Gil, que é juíza criminal no Rio de Janeiro há 22 anos, explicou sobre o papel dos profissionais que atuam nas farmácias no apoio à mulher vítima de violência comunicando à polícia e/ou aos canais de denúncia. “A vítima, muitas vezes, não consegue denunciar as agressões porque está sob constante vigilância. Por isso, é preciso agir com urgência”, disse.

Protocolo

O protocolo é: com um “X” vermelho na palma da mão, que pode ser feito com caneta ou mesmo um batom, a vítima sinaliza que está em situação de violência. Com o nome e endereço da mulher em mãos, os atendentes das farmácias e drogarias que aderirem à campanha deverão ligar, imediatamente, para o 190 e reportar a situação.

Parceria

A diretora dos Direitos Humanos, Sabrina Ribeiro, explicou o quão importante é essa união em prol de uma rede de defesa da mulher. “Em abril, quando houve a necessidade de isolamento social em função da pandemia, notou-se o aumento de 40% na quantidade de denúncias de violência doméstica feitas ao Ligue 180, em relação ao mesmo período do ano passado, segundo dados do Ministério da Mulher, da Família e dos Direitos Humanos. Ou seja, não podemos ficar indiferentes a isso”, disse.

Segundo a gerente de Políticas e Proteção às Mulheres da Seciju, Flávia Laís Martins, a proposta da campanha é positiva, mas, por vezes pode faltar um treinamento do atendente, e é neste sentido que a Seciju participará. “Estamos unindo parceria com a Acipa Palmas para possibilitar um treinamento virtual com a participação de seus associados”, explanou.

O presidente da Acipa, Joseph Madeira, apoiou a campanha de imediato. "A Acipa já colocou seus canais de comunicação à disposição da Campanha Sinal Vermelho e agora estreita os laços com a Secretaria de Cidadania e Justiça para ampliar o alcance da ação junto às drogarias associadas”. Joseph também falou sobre o reflexo do isolamento social e o aumento dos índices da violência de gênero. “Sensível a isso, a Acipa iniciou a mobilização de agentes estratégicos da entidade para contribuir com as medidas tomadas pela Secretaria a fim de proteger a vida das mulheres", finalizou.