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Saúde

 Os debates levarão ainda em consideração os desafios que a pandemia coloca acerca das campanhas de prevenção

Os debates levarão ainda em consideração os desafios que a pandemia coloca acerca das campanhas de prevenção Foto: Andre Araujo

Foto: Andre Araujo  Os debates levarão ainda em consideração os desafios que a pandemia coloca acerca das campanhas de prevenção Os debates levarão ainda em consideração os desafios que a pandemia coloca acerca das campanhas de prevenção

Com o propósito de capacitar as equipes de Vigilância, Assistência e Atenção Básica de saúde dos 139 municípios, a área técnica de Zoonoses e Animais Peçonhentos, vinculada a Secretaria de Estado da Saúde (SES), está promovendo um ciclo de webconferências ao longo deste mês para alertar e informar os profissionais de saúde sobre os cuidados necessários referentes a raiva humana e animal para aprimorar as ações de vigilância e  prevenção desta doença, transmitida por animais.

A transmissão da raiva acontece através de contato com a saliva de um animal infectado, principalmente através da mordida desses animais em humanos. Em média, ocorrem cerca de 45 mil notificações anuais de atendimento antirrábico, dessas, 88% correspondem a infecção causada por cães, 7% por gatos, 1% por morcegos e 4% por outros animais, como quati, boi, vaca, cavalo e porco. 

“Essas webconferências foram organizadas e estruturadas com o objetivo de chamar a atenção dos profissionais de saúde com relação aos procedimentos referentes à raiva humana. Sabemos que a raiva é uma doença grave e leva quase 100% dos pacientes a morte, então no caso de agressão por algum animal mamífero, a pessoa deve lavar o local com água e sabão e procurar imediatamente um serviço de saúde,” explica a responsável pela área de Zoonoses e Animais Peçonhentos da SES, Iza Alencar.

Além de cães e gatos, alguns animais silvestres também podem transmitir raiva, principalmente, os morcegos que quando encontrados caídos ou voando durante o dia podem estar doentes, contaminados com o vírus, então é recomendado que evite tocar em qualquer tipo de morcego e informe a equipe municipal de saúde para que eles recolham esses animais para o diagnóstico da raiva. No Tocantins, em 2020, já foram registrados 4.377 atendimentos para profilaxia da raiva em pessoas, sendo estes principalmente agressões por cães (3.552) e gatos (642) e por morcegos já ocorrerem 41 agressões em pessoas.

No caso de agressão por algum destes animais, seja via mordedura, lambedura ou até mesmo arranhões, a assistência médica deve ser procurada o mais rápido possível. Quanto ao ferimento, deve-se lavar abundantemente com água corrente e sabão, pois isso contribui na diminuição do risco de infecção.

O participante deverá ficar atento ao dia e horário específico para cada uma das webconferências que estão acontecendo através do link.

Dados 

Até o momento, o Estado do Tocantins confirmou 10 casos de raiva humana, nos anos de  1991 (2), 1997 (1), 1998 (3), 1999 (1), 2002 (2) e 2017 (1), sendo cinco por transmissão da raiva por cães e cinco por morcegos. Em 2017, o último caso foi devido a agressão de um morcego, caso em que o paciente foi levado para atendimento médico adequado, apenas quando estava manifestando a doença, o que causou o óbito.  

Programação

03/09/2020, 15h às 16h30

Tema: Monitoramento da circulação viral da Raiv

09/09/2020, 15h às 16h

Tema: Atendimento antirrábico humano: Profilaxia pré-exposição para a raiva.

16/09/2020, 15h às 16h30

Tema: Atendimento antirrábico humano: Profilaxia pós-exposição para agressões de cães e gatos

23/09/2020, 15h às 16h30

Tema: Atendimento antirrábico humano: Profilaxia pós-exposição para agressões de animais produção e silvestres

29/09/2020, 15h às 16h30

Tema: Morcegos: Importância dessas espécies e riscos de transmissão da raiva

30/09/2020, 15h às 16h30

Tema: Vigilância e controle de morcegos hematófagos no Tocantins