O Ministério Público Federal (MPF) abriu inquérito para apurar a possível falta de médicos na Unidade de Pronto Atendimento (UPA) Sul de Palmas durante o período de janeiro a setembro. Para a candidata vice-prefeita pelo Podemos, Micheline Cavalcante, essa nova investigação contra a Saúde municipal prova que existe falhas graves de gestão. “As falhas de gestão estão escancaradas. Muito dinheiro gasto e a população que mais precisa completamente desassistida. Na propaganda eleitoral, a prefeita Cinthia Ribeiro faz um programa de TV especial para Região Sul, mas a verdade é que existe falta de serviço público na região, com a saúde bastante afetada”, destacou a candidata.
A portaria que abre o inquérito do MPF foi publicada nesta quarta-feira, 28 de outubro. Ela é assinada pelo procurador da República Fernando Antônio de Alencar Alves de Oliveira Júnior e tem data de 23 de outubro. No documento, o MPF pede que a Secretaria Municipal de Saúde informe sobre a falta de médicos na UPA Sul, a quantidade de médicos escalados para atendimento na unidade e a presente as cópias das escalas médicas de janeiro a setembro de 2020. Além disso, o MPF requisitou informações sobre os valores repassados pela União para custear a UPA Sul.
“Com esse inquérito, a prefeitura vai ter que prestar os devidos esclarecimentos. Não se abandona uma população enorme como a da Região Sul dessa forma”, ressaltou Micheline, ao frisar que a saúde é muito mal gerida na Capital.
Regularização de servidores
A candidata a vice de Alan Barbiero se comprometeu, ainda, com a valorização profissional e uma gestão inteligente dos recursos humanos. “Gestão inteligente é alocar profissionais de acordo com a necessidade e essencialmente capacitados para exercer as funções tão importantes para a vida dos usuários. Valorização profissional é investir nos profissionais e regularizar todos os diversos desvios de funções que favorecem a gestão economicamente, mas prejudicam enormemente os servidores”, destacou a candidata.
Como exemplo claro desse prejuízo, ela citou as publicações no Diário Oficial de Palmas dos pagamentos da insalubridade, onde todos os servidores que estão atuando como maqueiros, recepcionistas, auxiliares de odontologia, e outros técnicos e auxiliares não receberão os benefícios. “A prefeita com esse ato não valorizou um contingente importante de pessoas que batalha contra a Covid-19 e ajuda a atender a nossa população. Está errado! Eles também precisam receber a insalubridade”, frisou.
Por fim, Micheline garantiu que na administração do Podemos ações do MP serão evitadas e gestão municipal atuará com seriedade. “Em plena pandemia o que ocorreu foi uma redução de médicos para economicidade e agora estão correndo atrás do prejuízo para contratarem vários médicos e utilizando o período eleitoral”, frisou Micheline, que é odontóloga, servidora pública municipal da Saúde há 20 anos e doutora em Ciências da Saúde.
Nos meses de setembro e outubro, portanto em plena campanha de reeleição de Cinthia, a prefeitura publicou a contratação de 26 médicos em caráter excepcional.
