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Cultura

Em um projeto de anos, finalmente Peter Jackson conseguiu lançar o seu documentário histórico gigantesco sobre os Beatles, uma das maiores bandas de rock da História que aceleraram ainda mais o processo de globalização ao redor do mundo se tornando um fenômeno atemporal.

Focado em trazer os detalhes dos bastidores da gravação do álbum final da banda, Let It Be, The Beatles: Get Back já chegou conquistando a crítica pelo perícia narrativa criada somente com imagens de arquivo totalmente restauradas. Essa não é a primeira vez que Peter Jackson se aventura no gênero documentário sendo que também teve seu trabalho elogiado no épico sobre a Primeira Guerra Mundial, Eles Não Envelhecerão. 

Como o momento está mais que propício para conhecer em detalhes a história de todo grande astro do rock n’ roll, separamos alguns dos melhores documentários sobre artistas do campo musical que você não pode perder na SKY Pós Pago.

Na Cama com Madonna

Madonna foi indiscutivelmente um dos maiores nomes musicais dos anos 1990, conseguindo abalar a indústria como ninguém, além de abrir caminho para todas as popstars femininas que surgiram após ela, como Britney Spears, Lady Gaga, Ariana Grande, entre outras. 

Já consolidada na indústria, o documentário Na Cama com Madonna captura um momento propício da carreira da artista: a controversa turnê Blond Ambition. Moldando muito do que seria o gênero de documentário “musical”, o diretor Alek Keshishian mistura estilos do gênero, mas aposta mais no “cinema direto”, com a repercussão insana que a turnê causou no mundo. 

Madonna comprou briga com a Igreja Católica, recebeu protestos fervorosos de fiéis religiosos, teve um causo com Kevin Costner e ainda por cima começou a flertar com Antonio Banderas tudo ao mesmo tempo. O documentário também traz muitas das peças musicais mais importantes da turnê, como o infâme momento da masturbação durante a performance de Like a Virgin. 

Amazing Grace

Já com Aretha Franklin consolidada como um nome do soul importantíssimo no cenário musical americano, a artista decidiu em 1972 voltar às raízes e gravar um álbum 100% gospel. 

Feito somente com imagens de arquivo das filmagens originais das duas noites que ela cantou na Igreja Batista de New Temple, Amazing Grace traz um retrato muito íntimo da importância que o projeto tinha para a vida da artista. 

O mais curioso é que o filme foi lançado somente em 2018, mas já havia sido planejado para ser lançado pouco tempo depois da captação do material original. O diretor Sidney Pollack acabou filmando mais de vinte horas de material, mas não usou uma claquete em momento algum, tornando impossível sincronizar o som com imagem. 

Depois da evolução da tecnologia e dos softwares de montagem, o filme finalmente foi lançado, além de, claro, um entrave legal entre a produção e a própria Aretha Franklin. Depois da morte da cantora, o longa foi lançado com a permissão da família dela. 

Rolling Thunder Revue: A Bob Dylan Story by Martin Scorsese

O cineasta prestigiado Martin Scorsese é um fã inveterado do rock. Conseguindo trabalhar com documentários significativos e fazendo insights pertinentes, Rolling Thunder Revue não marca a estreia dele no subgênero do documentário - outro filme dele aparecerá na lista logo mais. 

No caso, esse é o mais recente trabalho de Scorsese nesses projetos de paixão pessoal. Ao longo de 140 minutos, o cineasta debulha mais de noventa horas de material original capturado durante a turnê homônima do lendário Bob Dylan em 1975. 

Ao mesmo tempo que mostra o melhor possível do material, Scorsese também traz material inédito com entrevistas únicas com Dylan, conhecido por ter uma personalidade um tanto quanto difícil para tecer os melhores comentários sobre essa experiência única. 

Amy

Um dos documentários mais crus e pungentes do gênero é Amy, outra obra-prima do cineasta Asif Kapadia que traz um ótimo retrato biográfico da cantora, de sua ascensão até a sua queda cruel e, por fim, a morte. 

Trabalhando também somente com material de arquivo, Kapadia explora todo o cenário caótico que se tornou a vida de Winehouse após o lançamento estrondoso do álbum Back to Black, considerado um dos mais influentes dos anos 2010. 

Com a vida constantemente assediada por jornalistas e paparazzi, Amy cada vez mais se perdeu em álcool e drogas e diversos abusos psicológicos perpetrados por seus parceiros e família. Amy traz o retrato mais realista possível sobre a cantora, a humanizando diante de tantas polêmicas que acabaram por ceifar a vida dela aos 27 anos, quando finalmente estava reencontrando seu cerne para viver em paz novamente. 

George Harrison: Living in the Material World

Considerado o melhor documentário da carreira de Martin Scorsese, esse retrato da vida e história de George Harrison contado através de mais de três horas é imprescindível para qualquer grande fã de música. 

Conhecido mundialmente como o “Beatle Silencioso”, a vida de Harrison era um grande mistério por ser uma figura fechada que não gozava da mesma popularidade que outros talentos da sua banda como Paul McCartney e John Lennon, os maiores queridinhois da imprensa. 

Por conta disso, Scorsese faz o melhor para trazer à tona todos os principais segredos e eventos da vida de Harrison que traz muito mais histórias que as pessoas imaginam, afinal ele era muito mais que um astro do rock: um filantropista, um produtor cinematográfico e até mesmo um motorista de corridas amadoras, além de todo o enfoque na questão espiritual da vida do artista que foi o que mais eternizou sua figura na História do Rock. 

Metallica: Some Kind of Monster

Um dos documentários mais clássicos sobre bandas de rock é justamente esse focado na Metallica enquanto tudo era filmado sobre os bastidores da criação do álbum St. Anger que acabou rendendo um Grammy para a banda. 

O que torna esse documentário mais distinto dos outros, embora a estética de cinema direto permaneça, é justamente por expor tão intimamente a vida dos integrantes da banda que estavam no auge do limite psicológico e da estafa emocional após anos juntos. 

Logo, toda a produção também se tornou uma sessão de terapia intensa para todos os músicos que tiveram que abrir seus segredos, confrontar demônios antigos, muitas brigas viscerais e também a tristeza da despedida do baixista Jason Newstead. 

O longa mostra o quão firmes os integrantes da banda precisaram ser na época para que o grupo inteiro não fosse desmontado. Acredite, o filme comprova que é um verdadeiro milagre que Metallica ainda exista.