Conexão Tocantins - O Brasil que se encontra aqui é visto pelo mundo
Cotidiano

Foto: Lino Vargas

Foto: Lino Vargas

A Prefeitura de Gurupi deu início nesta semana ao trabalho de controle de pombos em toda área pública do Mercado Municipal Clemente Ciel dos Santos e da Feira Coberta da Rua 7. A ação visa melhorar as condições de higiene e de saúde dos locais e também atende a uma solicitação do Ministério Público Estadual.

O biólogo e diretor na Diretoria de Meio Ambiente, Marcus Teixeira Marcolino, explica que os pássaros acabam sendo atraídos para os locais devido aos alimentos que caem diante de toda movimentação, então a tentativa é que as aves sejam retiradas sem danos. “Para retirar as aves do lugar estamos utilizando uma tecnologia que emite ondas sonoras que trazem incômodo a eles, para que migrem e procurem outras áreas. Isso acontece por meio de pequenas caixas de som que foram instaladas em diversas áreas dos dois locais e vão emitir esta frequência ultrassom. E assim estamos atendendo esta demanda que é para controlar os pombos sem que haja prejuízo à vida animal e sem impacto ambiental. Esta é a primeira etapa, onde estamos observando se a tecnologia realmente irá funcionar. Já conseguimos observar uma grande revoada deles do local. Mas ainda há alguns pombos aqui, por isso vamos continuar acompanhando por mais alguns dias, para aí sim decidir se vamos ou não tomar outras medidas”, afirmou.

A problemática dos pombos é uma reivindicação antiga de comerciantes e frequentadores dos dois locais. A Coordenadora do Centro de Controle de Zoonoses (CCZ), Fluviana Freitas, conta que este controle também precisa ser feito por conta das inúmeras zoonoses que as aves podem transmitir, como: bactéria salmonela, ecoli, criptococose e até toxiplasmose. Além disso, eles podem ser portadores ou reservatórios de outras doenças. “É muito importante este controle e estamos participando de cada etapa junto com o Meio Ambiente. Também realizamos uma conscientização com os comerciantes e clientes dos dois locais, mostrando que eles precisam tomar medidas para ajudar neste controle, como: não alimentar as aves e não deixar farelos de cereais e outros alimentos no chão, porque é justamente isso que têm atraído estes animais. Foi mesmo uma conscientização voltada para educação e saúde”, frisou a coordenadora.

Os aparelhos de controle das aves são usados geralmente em silagens para combate às pragas, para tentar ter o controle sem o impacto ambiental. Eles são fabricados no Brasil e têm se mostrado de grande efetividade.

O investimento gira em torno dos R$ 6 mil, mais o custo de instalação e a expectativa é que em poucos meses a população fique tranquila em relação aos transtornos destas zoonoses que estes pombos podem trazer.

(Foto: Lino Vargas)

 (Foto: Lino Vargas)