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Polí­tica

Foto: Divulgação

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Com foco na participação popular e na garantia dos direitos de povos tradicionais, o candidato a deputado estadual pelo Estado do Acre, Junior Manchineri, traz a representatividade dos indígenas para o debate público. Militante do movimento estudantil e do movimento indígena, sua proposta de reconhecimento do Acre como um estado pluriétnico é a base para a construção de políticas públicas que contemplem a todos os segmentos sociais locais.

“Na diversidade, unimos o Acre. É por meio da união que vamos garantir um futuro de qualidade; precisamos ser a geração que vai garantir o futuro das próximas; É preciso ocupar espaços que nos foram negados para que nossas histórias sejam narradas e construídas por nós”, afirma.

Manchineri é o candidato indígena mais jovem nas Eleições 2022 e traz a perspectiva de unir as vozes e a luta por direitos dos povos indígenas, da juventude, dos estudantes em um movimento popular que contemple a diversidade de grupos étnicos e culturas do Acre.

Para o compromisso com o futuro, ele propõe a criação de leis que subsidiem a educação escolar indígena e garantam a merenda escolar regional, além de uma infraestrutura de qualidade.

Outra bandeira do candidato é a aprovação de legislação estadual para a implantação de um programa de estágio para os estudantes de baixa renda, indígenas e negros, oportunizando a inserção dos jovens no mercado de trabalho.

Para os jovens que hoje dependem da renda obtida por meio do trabalho por plataformas de aplicativo, Junior Manchineri quer apoiar ações que promovam melhores condições de trabalho e garantia de direitos para esses trabalhadores.

Histórico

Indígena do povo Manchineri, Junior Manchineri é acadêmico do curso de Ciências Sociais da Universidade Federal do Acre (UFAC). Compõe o Programa de Educação Tutorial indígena da UFAC (Pet), onde foi coautor do livro “As trajetórias de estudantes universitários indígenas na UFAC”.

Aprendeu a militância desde criança: é filho da liderança indígena Toya Manchineri e da professora Gracinha Manchineri, militantes históricos das causas indígenas e sociais no Acre. A luta vem desde os avós paternos que conquistaram a demarcação da Terra Indígena Mamoadate, terra onde nasceu, localizada entre os municípios de Assis Brasil e Sena Madureira (AC).

Bancada Indígena 

Pela primeira vez na história do pleito eleitoral no Brasil, uma Bancada Indígena disputa as eleições gerais de forma coordenada, uma iniciativa da Articulação dos Povos Indígenas do Brasil (Apib) que apoia 30 candidaturas de todas as regiões do País e de 31 povos.  

Os candidatos são apoiados pela Campanha Indígena 2022, projeto da Apib para Aldear a Política que é voltado à formação, articulação e construção de estratégias de luta política para ocupação de espaços de decisão e representatividade na sociedade brasileira por lideranças indígenas. 

Do total de postulantes indígenas, 12 candidaturas concorrem a vagas de deputado federal e 18 a cadeiras em Assembleias de 20 estados diferentes. As indicações foram realizadas pelas organizações regionais de base que compõem a Apib.

A Campanha Indígena vem fortalecendo as candidaturas eleitas pelo movimento por meio do apoio em relação à divulgação, estratégia e comunicação visual, além do suporte jurídico.