A cesta básica de Palmas sofreu um aumento significativo em setembro, com uma inflação de 3,12%, conforme levantamento realizado pelo Núcleo Aplicado de Estudos e Pesquisas Econômico-Sociais (NAEPE). O valor da cesta passou de R$ 623,09, em agosto, para R$ 642,51 no último mês. Os itens que mais influenciaram essa alta foram o café, a carne, o tomate e o óleo de soja, produtos que registraram as maiores variações de preço.
Segundo o diretor-geral do Naepe, professor e economista, Autenir Carvalho, o café apresentou um aumento expressivo de 10,8%, seguido pela carne, que subiu 10,6%. Carvalho chama atenção para a situação do preço da carne cuja alta no preço segue uma tendência nacional impulsionada pelo aumento da demanda, decorrente da melhora na renda dos consumidores. No mercado palmense, essa variação foi ainda mais acentuada pela entrada de atacadistas que, ao invés de baixar o preço, acabaram contribuindo para um aumento acima da média local.
Por outro lado, alguns produtos apresentaram queda nos preços. O açúcar registrou uma redução de 7,3%, a banana caiu 6,7%, e a margarina teve uma queda de 4,7%. “Esses mesmos itens também apresentaram recuos significativos em âmbito nacional, refletindo no mercado local de Palmas”, destacou Carvalho.
Tendência
A pesquisa do Naepe reforça que o comportamento dos preços em Palmas segue as tendências observadas em todo o Brasil. Os itens que tiveram maiores oscilações positivas, como o café, o óleo de soja e a carne, também foram os responsáveis pelas altas em nível nacional. Da mesma forma, os produtos com redução de preço, como o açúcar e a banana, acompanharam as quedas observadas em outros estados.
“Esse cenário reforça a importância do trabalho do Naepe, de monitorar as oscilações nos preços dos alimentos, que impactam diretamente o orçamento das famílias palmenses, especialmente em tempos de inflação elevada”, observou.
Custo de vida em Palmas
O Naepe também estimou o salário mínimo ideal para viver em Palmas, no mês de setembro. Segundo Carvalho, R$ 5.397, foi o valor do salário mínimo necessário para o custeio de vida de uma família de quatro pessoas, sendo dois adultos e duas crianças. “Em termos de hora de trabalho necessária para a aquisição de uma unidade cesta básica, o valor que era de 105 horas e 30 minutos, no mês de agosto, passou a ser de 108 horas e 48 minutos em setembro”, concluiu Autenir Carvalho.