O Sindicato dos Policiais Civis do Estado do Tocantins (Sinpol) celebra 35 anos e convida seus filiados para uma noite inesquecível de comemoração, dia 5 de abril, sábado, a partir das 21 horas no Crystal Hall, na capital Palmas. A festa será o momento ideal para a retomada do Baile dos Policiais Civis do Tocantins (IX edição).
Cada filiado tem direito a um acompanhante, que deve ser informado no momento da confirmação, da reserva. São esperados cerca de 1.200 policiais filiados e esposas, além de autoridades. Estão confirmadas as presenças dos senadores Eduardo Gomes e Dorinha Seabra. O governador Wanderlei Barbosa também será convidado.
Todo um planejamento tem sido feito pelo Sinpol para que a festa aconteça e seja um sucesso. No começo do mês os representantes do Sindicato, presidente Ubiratan Rebello, Hugo - tesoureiro e Herika - diretora de administração, foram ao Crystal Hall para deliberar sobre o evento.
Representantes do Sinpol em visita ao local em que o evento será realizado.Ao Conexão Tocantins, nesta terça-feira, 11, o presidente Ubiratan confirmou que 90% de tudo que o evento precisa já está acertado. "Já estamos com 90% de todo o serviço já acertado. Faltam alguns detalhes, mas o principal, que é a banda, buffet, local, decoração e a questão do deslocamento dos policiais, já está tudo dentro do planejado", disse.
O Baile dos Policiais Civis do Tocantins retorna após sete anos. "O último baile foi feito ainda na minha gestão, em 2018. Sete anos depois a gente retorna com o baile", acrescentou o presidente Ubiratan.
Evento Esportivo
O Sinpol também organiza outras atrações para o mês de aniversário, entre elas a realização de competição esportiva que deve acontecer em Araguaína. O presidente Ubiratan esteve em reunião com a gestão da cidade para tratar do assunto e a expectativa é que o evento esportivo ocorra mais para o final do mês.
Sinpol 35 anos e suas conquistas
Ao longo dos 35 anos, como analisa o presidente Ubiratan, o Sinpol tem desempenhado com afinco o seu papel na defesa dos direitos do policiais civis do Tocantins. A entidade representativa, na sua visão, é mais que um Sindicato. "Na realidade tratamos o Sindicato como se fosse uma Embaixada. É um local onde os policiais recorrem para ter garantidos os seus direitos. É um espaço destinado a eles, por eles e para eles", ressaltou.
O presidente lembra que, considerando desde o início do Sinpol, muitas foram as conquistas. "Vindo de lá para cá, quando a gente faz uma divisão do estado do Goiás e aqui não chegava tanta tecnologia, já não tinha, mas chegar no norte do Tocantins menos ainda. Com a divisão do Estado a gente veio expressando uma característica própria da instituição Polícia Civil e o Sindicato foi extremamente atuante nisso, em todas as conquistas", reforçou.
Ubiratan lembra o tempo que ingressou na Polícia, quando o veículo era dos mais simples e a impressão ainda era no papel. "O Sindicato não visa apenas direitos salariais, mas direitos estruturais. [...] A gente custou a informatização de dados. Hoje temos, além do sistema de informatização, o sistema de todos os flagrantes, procedimentos, já são feitos através de videocâmara. Deixamos aquela antiguidade de ficar ali digitando, retornando, imprimindo em papel, aquela coisa toda, para fazer toda a tramitação para o Judiciário de forma eletrônica. Desde a situação de estruturação das delegacias e também das viaturas. Eu andei por diversos anos naquele golzinho quadrado que não tinha estrutura nenhuma e o Tocantins ele é muito quente, o Sindicato indo atrás cobrando", lembra o presidente do Sinpol.
Com o tempo, segundo Ubiratan, o Sindicato aprendeu que o único meio não era só a cobrança. "O Sindicato aprendeu que podia fazer diferente e buscar parceria. E foi ai que a gente começou a buscar deputados estaduais, federais, para trazer emendas, emendas que fossem beneficiar a aquisição de veículos com ar-condicionado, veículos blindados para dar mais seguranças para os policiais, a Cidade da Polícia Civil que está já com o local e tudo pronto. A verba da bancada tocantinense foi uma luta do Sindicato", acrescentou o presidente.
Outra conquista lembrada por Ubiratan foi a valorização salarial em 2009. "Em 2009 conseguimos o nível superior para as categorias de agentes, escrivão, concomitante com isso a gente também trouxe uma valorização financeira".
Celeuma
A grande celeuma atual, como afirma o presidente do Sinpol, é a disparidade com os delegados que, segundo ele, "não se veem como sendo membros da mesma casa". "De 2002 para cá tivemos prejuízo, eles tiveram aumentos diferenciados dos nossos e era uma gestão intermediária a minha, entre a que eu estive e a que retornei agora, e a gente percebe a necessidade da luta. Então retornamos agora, já reestruturamos. Hoje com toda uma estrutura que temos e arrecadação, conseguimos dar um melhor aparato aos policiais", destaca.
Grande Vitória
De acordo com o presidente do Sinpol, a categoria conquistou uma grande vitória atual. "A Lei Orgânica da Polícia Civil a nível federal e no Tocantins estamos começando a fazer a inserção dessa Lei Orgânica".
Concurso Público da PC/TO
A categoria acompanha atentamente as deliberações da Assembleia Legislativa do Tocantins. É que tramita na Casa a unificação dos cargos de agente e escrivão. "Hoje passou pela CCJ, houve um consenso entre o governador e os delegados, porque eles não queriam, e amanhã (12 de março) possivelmente já vote", adiantou o presidente do Sinpol.
Essa unificação, segundo o presidente Ubiratan, é essencial para que haja concurso público, muito aguardado no Estado. "A parte interessante é que quando a gente briga a gente não briga por nós. Nessa briga aí é uma briga pela sociedade, porque queremos uma polícia mais preparada, mais dinamizada, e para liberar o concurso público precisa da junção desses dois cargos. Se tudo der certo amanhã, ser votado e aprovado na Assembleia, já está certo com o governador para ele sancionar a Lei, e aí o concurso já destrava. Precisamos de mais policias para garantir a segurança da população, mas também para tirar um pouco do fardo que é 10 anos sem concurso da Polícia Civil", concluiu Ubiratan.
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