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Tecnologia

Foto: Freepik

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O Facebook passa por uma nova fase de transformação para se aproximar do modelo do TikTok. A Meta anunciou recentemente atualizações nos Reels, sua plataforma de vídeos curtos, priorizando conteúdos mais recentes e relevantes para aumentar o engajamento. Agora, os usuários visualizam cerca de 50% mais vídeos publicados no mesmo dia, em uma estratégia que aposta no consumo imediato e constante, característica que impulsionou o sucesso da rede social chinesa, sem abrir mão da essência social que sempre marcou a gigante de Mark Zuckerberg.

Além do aprimoramento do algoritmo, a empresa introduziu as chamadas “bolhas de amigos”, ícones que mostram quando alguém próximo curtiu um conteúdo e permitem iniciar conversas privadas sobre ele. A novidade resgata elementos centrais da experiência original do Facebook e reforça a interação entre usuários, oferecendo um diferencial em relação às plataformas concorrentes, que focam quase exclusivamente na viralização de vídeos.

Essas mudanças coincidem com um momento de expansão do social commerce no Brasil. Um levantamento da Portão 3 (P3), que analisou 3,2 milhões de registros entre janeiro e agosto de 2025, mostra que o TikTok já superou a Meta em participação nas transações digitais, com 27,3%, enquanto Facebook e Instagram somam apenas 16,4%. O Google segue dominante, com 54,6%, sustentado pelo YouTube e por ferramentas de mensuração adaptadas ao fim dos cookies — o que garante maior segurança e confiabilidade aos anunciantes.

Os dados reforçam que o sucesso das plataformas não depende apenas de audiência acumulada, mas da capacidade de capturar atenção, integrar experiências de compra e oferecer métricas confiáveis. Plataformas que unem conteúdo e transação — como o TikTok com o TikTok Shop — tornam-se estratégicas para os anunciantes. O Brasil, por sua vez, consolida-se como um mercado-chave, com crescimento contínuo no investimento em publicidade digital e no consumo de vídeos curtos.

“O mercado brasileiro está amadurecendo em termos de social commerce, e plataformas que unem conteúdo e transação rapidamente se tornam estratégicas para anunciantes”, afirma Eduarda Camargo, chief of Growth Officer da fintech.

Para a Meta, o desafio é claro: transformar engajamento em valor de negócio. Ao investir em algoritmos que privilegiam conteúdo fresco, experiências interativas e formatos flexíveis, o Facebook busca não apenas recuperar terreno perdido, mas também redefinir seu papel no ecossistema das redes sociais. A disputa entre TikTok e Meta no Brasil mostra que inovar em engajamento e monetização de conteúdo é tão crucial quanto manter alcance e que, no novo jogo das plataformas, quem traduz interação em receita tende a sair na frente.