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Polí­tica

Arlindo liderou proposta de anexação do Luzimangues a Palmas em 2010

Arlindo liderou proposta de anexação do Luzimangues a Palmas em 2010 Foto: Arquivo CT

Foto: Arquivo CT Arlindo liderou proposta de anexação do Luzimangues a Palmas em 2010 Arlindo liderou proposta de anexação do Luzimangues a Palmas em 2010

Desde a semana passada quando o deputado estadual e pré-candidato a prefeito de Palmas, Marcelo Lelis (PV) apresentou proposta para análise dos limites de Palmas para reestudar a localização do distrito de Luzimangues, hoje pertencente a Porto Nacional, o assunto movimenta prós e contras. Com a iniciativa de Lelis de reabrir a discussão o Movimento Pró-Anexação de Luzimangues a Palmas que surgiu desde 2010 ganhou novo fôlego e intensificará as ações. Luzimangues fica a pouco mais de 5 km de Palmas na margem oeste do Lago de Palmas, distante aproximadamente a 50 Km de Porto.

O líder do movimento, ex-deputado estadual constituinte Arlindo Almeida, afirmou ao Conexão Tocantins nesta terça-feira, 24, que a grande maioria da população do distrito quer a anexação. “A grande maioria de Luzimangues quer ser de Palmas, a resistência maior é de Porto Nacional”, salienta.

O movimento coletou mais de 5 mil assinaturas, segundo o ex-deputado, mas para Almeida a falta de apoio dos líderes de Porto Nacional dificulta muito. “Sem o apoio de Porto é difícil, nós estamos de acordo com Marcelo Lelis, essa é uma grande iniciativa dele”, frisou. Segundo Arlindo, Luzimangues tem atualmente 60 mil lotes vendidos.

O movimento disponibilizou ainda documentos referentes ao surgimento da capital, das áreas abrangentes e a participação da Assembleia Constituinte neste processo. Segundo a documentação, e, segundo argumenta Arlindo, que foi um dos deputados Constituintes, a área de Luzimangues e do Canela faziam parte do território da capital. Um decreto de 9 de fevereiro de 1989 que foi publicado no Diário Oficial do Estado coloca Palmas com 1.024 km², incluindo Luzimangues e o Canela também foi apresentado pelos líderes do movimento.

Os proprietários de lotes no distrito também foram alvo do movimento. Para a população, argumenta Arlindo, as condições de saúde, educação, saneamento básico e outras condições básicas vão melhorar com uma possível anexação à capital.

Repercussão

Lelis, desde que propôs os estudos para possível anexação de Luzimangues a Palmas alegando que essa iniciativa vai melhorar as condições de infra-estrutura no local, já se reuniu com alguns representantes do Distrito e também com líderes de Porto Nacional que são contra a medida. O pevista fala numa possível revisão dos atos da Assembleia Constituinte através da formação de uma comissão.

Outros deputados defendem uma consulta à população para definir a questão como é o caso do presidente da Assembleia, Raimundo Moreira (PSDB) e ainda o peemedebista Eli Borges.

Os líderes de Porto como o vereador da cidade André Costa (PMDB) e ainda o pré-candidato Cleiton Maia encaminharam nota onde afirmaram que a atitude de Lelis é eleitoreira em razão da discussão ser iniciada em ano eleitoral. O pré-candidato à Prefeitura de Porto, Otoniel Andrade também se manifestou a respeito e disse que Luzimangues deve se manter como território de Porto. Otoniel cogitou ainda a possibilidade de criação de um consórcio municipal para melhorar as condições do distrito. “Nem o desmembramento, nem a emancipação. A solução é uma atuação conjunta das prefeituras de Palmas e Porto Nacional”, disse Otoniel.

O pré-candidato do PP, empresário Carlos Amastha também também foi ouvido pelo Conexão Tocantins sobre a iniciativa de Lelis e considerou que os municípios consortes do Lago da UHE Lajeado deveriam formar a região metropolitana para a implantação de políticas integradas para melhorar a situação do Distrito. Amastha citou ainda a criação do Instituto de Planejamento Urbano da capital para discutir e apontar soluções para o relacionamento de Palmas com os municípios vizinhos.