Em visita ao Conexão Tocantins a deputada federal professora Dorinha Seabra Rezende (DEM) acusou o prefeito e candidato à reeleição em Palmas/TO, Carlos Amastha (PSB) de tentar se apropriar de obras e resultados de gestões anteriores. Na oportunidade, a deputada exemplificou citando que os resultados positivos dos índices do IDEB (Índice de Desenvolvimento da Educação Básica) que o prefeito capitaliza para si, na verdade, são frutos do trabalho das gestões anteriores e trata-se de um processo de evolução contínua do ensino aprendizagem da Capital levado a cabo pelas ações tomadas pelos prefeitos anteriores de Palmas.
Dorinha disse que os atuais índices de avaliação do IDEB dos estudantes da Capital foram alcançados em avaliação feita no final de 2014 por alunos que estão na rede municipal há aproximadamente oito anos.
A deputada criticou a gestão afirmando que não consegue ver nenhuma inovação na Educação de Palmas. “Eu não vejo nada de novo! Ele foi inovador com algum programa, alguma ação? Eu não consigo ver que ele aprovou nada de novo. Criou uma carreira atrativa? Criou algum programa de referência? Colocou ar-condicionado nas escolas? Então, assim, não vejo nenhuma política de inovação”. Dorinha ainda lembrou que a implantação das escolas de tempo integral foi feita pelo ex-prefeito Raul Filho.
Para Dorinha, investimento em Educação tem que ser em escala e continuado. Ela ainda criticou as viagens internacionais que o prefeito patrocinou para alguns diretores de escola. De acordo com a deputada, as viagens internacionais dos diretores só poderia ter algum resultado positivo se um grupo de professores e diretores que foram à Finlândia, chegassem e trabalhassem um processo de formação de gestores. “E não tem nada disso!”, salientou.
Hospital Universitário
A deputada também criticou o prefeito por dizer que vai construir o Hospital Universitário. Segundo a deputada, o hospital já se encontra em andamento através de emendas parlamentares que ela mesmo indicou no orçamento da União. Nos anos de 2013 e 2014, foram direcionadas para a UFT emendas nos valores de R$ 23,5 milhões e R$ 19,1 milhões respectivamente, totalizando R$ 42,6 milhões. Professora Dorinha também incluiu o Hospital Universitário na Lei de Diretrizes Orçamentárias e no Orçamento Geral da União do ano passado e que ainda está sendo executado, cujo projeto já está em fase de iniciar o processo licitatório.
Recentemente, atendendo a um pedido da deputada Professora Dorinha, o ministro da educação Mendonça Filho esteve no Tocantins para anunciar a liberação de R$ 15 milhões para a universidade. Ainda há a previsão na Lei Orçamentária Anual (LOA) o valor de R$ 30 milhões para ações de expansão e reestruturação da UFT. Além desse valor, a Professora Dorinha garantiu um extra de R$ 10 milhões na LOA para a universidade.
A parlamentar vem trabalhando mais efetivamente na liberação de recursos para o Hospital Universitário desde 2014, quando o então ministro da Educação na época, Paulo Paim, esteve em Palmas. “Ele (Amastha) não tem participação em nada. Ele está agora falando, ele nunca mexeu com isso. O ministro Paim teve uma deferência comigo. As obras que estão acontecendo na UFT, todas, recursos meus. Na verdade ele está tentando se apropriar de uma ideia que não é dele”, disse a deputada.
Dorinha afirmou que não tem problema se amanhã outro parlamentar ou o prefeito quiser ajudar, porque, segundo ela, as parcerias são bem-vindas, mas, que, efetivamente, Amastha não fez nada. “Ele está terminando o quarto ano de gestão, que ele prometeu hospitais municipais, que poderiam desafogar o HGP (Hospital Geral de Palmas), mas ele não fez nada”, afirmou Dorinha. Segundo a deputada, o HGP deveria ser única e exclusivamente um hospital de alta e média complexidade que recebesse pessoas encaminhadas e nunca um pronto-socorro.
A deputada ainda disse que o prefeito se apropriou, inclusive, da construção dos postinhos de saúde que foram feitos pelo ex-prefeito Raul Filho (PR).
Crescimento econômico de Palmas
A deputada Dorinha também afirmou que até o momento o prefeito Carlos Amastha não contribuiu em nada para induzir o crescimento econômico da Capital com a busca de indústrias. Ela citou exemplo do prefeito de Cariri/TO, José Gomes, pequena cidade do Sul do Estado, próximo a Gurupi, que tem feito o trabalho de atrair indústrias para o município, alcançando sucesso e que o prefeito de Palmas poderia fazer o mesmo.
Segundo ela, o crescimento econômico que se vê hoje na Capital é propiciado pela dotação de infraestrutura construída pelos gestores passados. “Que empresas ele trouxe para cá? Eu não sei! Que investimentos? O único investimento de maior porte que teve aqui foi a Havan (rede de lojas de departamento), que não foi ele que trouxe, ao contrário”, concluiu a deputada, que ainda fez considerações sobre os vultuosos recursos do orçamento da Prefeitura de Palmas que ela diz não saber para onde estão indo.