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Polí­tica

Foto: Divulgação

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O deputado estadual José Bonifácio (PR) comparou, na sessão desta quarta-feira, 19, na Assembleia Legislativa do Tocantins, o concurso público da Casa, que teve edital publicado ontem, 18, com um estupro. O deputado disse que o certame começou a ser aberto sem a publicação de edital e que precisa de autorização de comissão executiva para acontecer. "Sem discutir o mérito da matéria, gostaria de ter a informação, se a comissão que o primeiro secretário faz parte, autorizou esse concurso para ver o que pode decidir, porque estou vendo que o negócio está muito açodado. Estava vendo aqui uma notícia de que um vereador praticou um estupro em Palmeirante e acho que esse concurso pode estar sendo um estupro também", chegou a dizer. 

Para o deputado, pode ser uma má iniciativa da Assembleia a realização do certame, do jeito que está sendo feito. "Era bom que tivéssemos as informações concretas da comissão executiva, para que a própria Assembleia, como um todo, tomasse providência nesse negócio que acho que está muito forçado, balançado. E pode ser uma má iniciativa que a Assembleia possa estar tendo nesse momento, do jeito que está sendo feito", afirmou. 

O presidente da Assembleia Legislativa, Osires Damaso (PSC), que autorizou o concurso, explicou ao Bonifácio que a realização do certame foi amplamente discutida com o presidente eleito Mauro Carlesse (PHS) e com os demais deputados que participaram de reuniões. "Esse concurso nós discutimos primeiramente com o presidente eleito Mauro Carlesse sobre a necessidade de fazer o concurso até por orientação do Ministério Público e em segundo momento com os parlamentares que estavam marcando presença durante o período eleitoral, em reunião na sala vip. Nós discutimos a situação que estava e que pretendíamos apresentar para todos que teríamos o concurso público", informou. 

Osires disse estar aberto a discussões, questionamentos e informou ainda que foi formada uma comissão de servidores efetivos da AL para a realização de levantamento das vagas existentes. Após o estudo, segundo Damaso, é que foi feito o procedimento de publicar o edital de convocação do concurso. "Acho que a maneira mais legítima e mais transparente que tem de convocar servidor público é através de concurso público. Agora estou aberto a discussão, aos questionamentos de qualquer parlamentar, de qualquer cidadão para um concurso transparente", disse. 

Osires Damaso também aproveitou para criticar a comparação de Bonifácio - do concurso a estupro. "Acho, com todo respeito ao nobre deputado Bonifácio, um absurdo ele querer comparar um estupro de um vereador bandido, vagabundo, que pega uma garota de 14 anos, para comparar com concurso público. Acho que é uma falta de respeito ao servidor público do Estado do Tocantins e do País", criticou.

Após as declarações de Damaso, Bonifácio ainda se posicionou e disse ser preciso colocar as cartas na mesa. "Esse negócio está açodado porque se nem a comissão executiva, nem a mesa tem uma unanimidade, não está a par, imagina os deputados. Tenho certeza hoje, aqui, que os deputados estão todos voando sobre esse concurso", arrematou.