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Polí­cia

Nesta terça-feira, 9, a fuga em massa do presídio Barra da Grota em Araguaína completa uma semana e 12 presidiários ainda continuam foragidos. O delegado Regional de Araguaína, Bruno Boaventura, informou que o cerco aos fugitivos ficou mais difícil porque os presos estão dispersos, sem comando e sem rumo certo.

Há relatos, segundo o delegado, de que alguns dos presos teriam sido vistos em Araguaína e até em cidades vizinhas. “Para ter uma ideia, o detento que se entregou na quarta-feira passada, após liberarem os reféns, disse que achavam que eles estavam muito longe do presídio, nas proximidades da cidade de Carmolândia. Mas na verdade eles haviam percorrido poucos metros da unidade prisional pela área de mata”, disse Boaventura.

Por este motivo a estratégia de buscas mudou. A partir de agora a polícia deverá fazer um trabalho de inteligência, fazendo contato com delegacias de municípios e até estados vizinhos, espalhando informações e fotos dos fugitivos para recaptura-los.

A fuga aconteceu após um início de rebelião dentro de uma sala de aula da escola que funciona no presídio. Dos 28 presos que conseguiram escapar pela porta da frente da cadeia, 9 morreram em confronto com a polícia, 6 foram recapturados e um se entregou no mesmo dia em que os reféns foram liberados.

Entre os 12 que continuam foragidos, o delegado regional destaca que um deles é considerado de alta periculosidade. Limdebergue Lima Silva foi condenado por latrocínio e possivelmente está armado. “Ele é um sujeito extremamente subversivo, tanto que já foi realocado em várias unidades prisionais do estado por agitar motins”, alertou.

Os presos que foram recapturados ainda não retornaram ao presídio por questão de segurança. O pavilhão onde a maioria destes presos ficava detida está movimentado e eles ficarão alojados em outro lugar até que a situação seja considerada segura.

O fugitivo que se entregou após ser baleado também não deixou o hospital ainda e deverá prestar depoimento assim que receber liberação médica.

Todas as pessoas que os presos tomaram como reféns no dia da fuga - incluindo os que foram deixados para trás porque estavam feridos -  estão bem, apesar da situação de abalo psicológico.

O inquérito de investigação da fuga em massa do presídio Barra da Grota deverá ficar pronto até o fim desta semana. As buscas pelos foragidos continuam.

Morte

No último sábado, 6, o preso Dário Ferreira da Luz foi morto dentro do Barra da Grota a golpes de chunchos (armas artesanais) pelos próprios colegas de cela. Dário foi atendido no Hospital Regional de Araguaína, mas não resistiu.

Os dois presidiários responsáveis pela morte foram identificados e prestaram depoimento à polícia. Não há informações confirmadas de que o assassinato tenha alguma relação com a fuga registrada no dia 2 de outubro.