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Palmas

Foto: Divulgação/Câmara de Palmas

Foto: Divulgação/Câmara de Palmas

Durante audiência de prestação de contas da saúde nesta terça-feira, 22, o secretário municipal de saúde de Palmas, Thiago de Paula Marconi, foi pressionado a respeito do baixo índice vacinal contra covid-19 na capital e outras estratégias de combate à pandemia.

A cobrança partiu principalmente do Ministério Público Estadual (MPE). Os promotores de justiça Thiago Ribeiro Franco Villela e Araina Cesarea encaminharam questionamentos ao gestor a respeito da vacinação.

Thiago Villela disse que já havia questionado à Secretaria Municipal de Saúde (Semus) sobre o combate à pandemia, mas que não obteve resposta. “No dia 25 de maio fiz nove perguntas à Secretaria Municipal de Saúde de Palmas e até hoje não tive respostas. Hoje farei mais cinco perguntas à secretaria por escrito. Quero as respostas o mais rápido que puder”.

O promotor questionou sobre os motivos da baixa cobertura vacinal em Palmas e ainda se há tratamento diferenciado por parte da União na distribuição de vacinas para os municípios com base na população.

A mesma cobrança foi feita pela promotora Araina Cesarea. “Palmas teria aplicado 86% das doses recebidas, mas ainda é uma quantidade muito acanhada em relação ao que se espera. Teria vacinado apenas 23,5% da população com primeira dose, mas isso não garante imunização, o que garante é a segunda dose. Esse abandono é sério e é importante que a prefeitura busque essas pessoas para vacinar a segunda dose”.

Segundo o secretário de saúde, a prefeitura tem trabalhado na busca ativa por pessoas que deixaram de comparecer às unidades para receber a segunda dose. Confirmou ainda que Palmas tem recebido vacinas em quantidade abaixo do que seria necessário para agilizar a vacinação.

A gente recebeu menos, proporcionalmente, que outras capitais. Recebemos 33%, aproximadamente, da nossa população, enquanto outros municípios estão em 55%. Estamos tendo cobertura menor que outros municípios”, afirmou Thiago Marconi.

Dados

Na audiência, a Semus prestou contas de gastos da saúde do terceiro quadrimestre de 2021. De acordo com a pasta, foram arrecadados R$ 118 milhões, dos quais 57,8% são de arrecadação do próprio município, 38% são de recursos federais e a menor parte, cerca de R$ 2,9 milhões, de repasses do Governo do Estado.

Os gastos da saúde no terceiro quadrimestre foram de R$ 103 milhões, a maior parcela é de gastos com pessoal, cerca de R$ 70 milhões.

No enfrentamento à covid-19, segundo a secretaria, foram gastos no período R$ 27,2 milhões. Deste total, R$ 9 milhões foram investimentos com pessoal, R$ 3,7 com aquisição de testes, R$ 10 milhões na compra de medicamentos, R$ 2,6 com credenciamento de leitos clínicos e de UTIS.