Depois de um adiamento inesperado e muito tempo de espera, finalmente Far Cry 6 já está nas lojas! Embora o preço seja um impeditivo para muita gente, assim como a aquisição de novos consoles para jogar as melhores versões do game, sempre há uma bela opção de olhar para o passado e (re)descobrir algumas pérolas dessa franquia fantástica nascida da Crytek e herdada até hoje pela Ubisoft.
Então, enquanto ainda não é possível se aventurar por Yara e tirar o déspota ditador Anton Castillo do poder, há uma vasta gama de diversas aventuras e lugares exóticos a serem visitados. O melhor de tudo é que graças à Internet SKY, todos esses games não estão a mais de alguns poucos cliques de distância.
Se aventure em diferentes continentes, climas e histórias com essa lista repleta de jogos blockbuster que vão te entreter por horas.
Far Cry 3
O grande responsável por ter tornado Far Cry a franquia imensa que é hoje se trata deste game. Até então, os dois jogos anteriores possuíam discrepâncias gritantes entre si variando entre uma ficção científica trash para um drama denso sobre tráfico de diamantes. Porém, tudo muda com o terceiro game que solidifica uma fundação e fórmula vista até hoje nos jogos da franquia.
Aqui, o jogador acompanha a aventura insana de Jason Brody que viaja a uma ilha paradisíaca com seu irmão e amigos para se divertir. Entretanto, após alguns dias de farra, todo o grupo acaba capturado pela trupe do pirata Vaas Montenegro, um psicopata sádico e insano. Em cativeiro, Brody consegue fugir, mas observa a morte do irmão que se sacrifica.
Sozinho na ilha e totalmente perdido, Jason acaba encontrando uma força guerrilheira que guerreia contra as tropas de Vaas e o mercante de escravos Hoyt Volker que controla todo o establishment da ilha.
Nessa aventura, a Ubisoft já apresenta os conceitos que viraram marcas clássicas da franquia: os vilões marcantes repletos de monólogos conceituais, as torres de rádio que liberam trechos importantes do mapa, os postos avançados que o jogador precisa capturar tanto em modo furtivo quanto agressivo, assim como a progressão de nível liberando novas habilidades demarcadas através de tatuagens em três árvores de habilidades diferentes.
Far Cry 4
Não era tarefa fácil para a própria Ubisoft conseguir superar o trabalho tão bem-feito do game anterior, porém Far Cry 4 ainda assim se provou um sucesso. Apostando no seguro e mantendo muitas das mesmas características que dão o pedigree da saga, o game apresentou alguns conceitos que seriam reaproveitados diversas vezes depois.
Uma das principais novidades era a habilidade de voar através de um pequenino helicóptero que ajuda o jogador, controlando Ajay Ghale, a se movimentar pelo mapa inspirado no Nepal repleto de montanhas e mobilidade vertical. Fora isso, também é possível montar elefantes e causar uma tremenda destruição nos postos avançados.
Na pressão de superar ou igualar o sucesso de Vaas Montenegro, o vilão do jogo não faz feio e traz um retrato bem diferente do personagem do game anterior. Pagan Min é um ditador excêntrico, um tanto engraçado e muito dúbio em suas intenções. Entre os vilões de todos os jogos, ele é o menos violento e também um dos mais interessantes. Uma pena que a narrativa do jogo seja muito dispersa e esqueça o vilão em diversos momentos.
Far Cry Primal
Primal é uma das iterações mais curiosas e interessantes da franquia, abordando aspectos extremamente originais. Lançado poucos meses depois do quarto jogo, Primal leva o jogador de volta a idade das pedras. Nessa época de pré-história, o jogador é jogado em meio a uma guerra entre tribos que disputam território.
Totalmente sem diálogos em idiomas conhecidos e, obviamente, sem tiroteios, o jogo conquista pela remodelação das mecânicas da saga sempre muito enfática com armas de fogo. Trazendo lanças, atividades de construção de armas, obtenção de recursos obrigatórios para poder criar os instrumentos necessários para superar os desafios, Primal também apresenta a mecânica de domar animais ancestrais como lobos gigantes e tigres-dentes-de-sabre.
Permitindo que o jogador utilize esses animais majestosos para destruir inimigos, o game se torna único por si só, além de diversos deles servirem como montaria. Dentre toda a diversão, é bem interessante notar a criatividade que o time de desenvolvedores teve para adaptar tantas características temáticas da saga em uma ambientação pré-histórica. E isso com certeza inclui a reformulação dos postos avançados e novas habilidades.
Far Cry 2
O segundo game da franquia não compartilha muitas semelhanças com as outras iterações lançadas posteriormente. Far Cry 2 foi o primeiro jogo a ser feito pela Ubisoft após ela ter adquirido os direitos da marca e ambição de fazer algo radicalmente diferente é sentida durante todo o game.
Abandonando a galhofa, o jogo é centrado em um realismo que conquistou alguns jogadores e muitos dos críticos na época, mas hoje se trata de um verdadeiro desafio interromper sua diversão para ficar procurando remédios de malária para tratar da doença que o protagonista sofre ao longo do jogo inteiro.
Situado em um cenário africano fictício, a história é centrada em uma guerra civil em um país africano repleto de minas de diamantes. Entre as duas facções violentas, o jogador escolhe uma delas para definir o rumo inteiro da nação. Como na época a proposta era o realismo intenso, o jogo apresenta animações viscerais do personagem removendo balas ou colocando membros deslocados de volta ao lugar para se curar.
Com um mapa vasto e um sistema de GPS precário no qual o jogador precisa sacar um mapa toda hora para se situar onde está e onde deve ir, Far Cry 2 é uma aventura para poucos, mas sempre muito bem elogiada por quem encara o desafio e descobre o desfecho da história. Um fato bem interessante é que até hoje o game possui a melhor física de efeitos de fogo em vegetação. A técnica existe nos jogos posteriores, mas nenhum conseguiu capturar o dinamismo realista como acontece neste game.