A convenção do PSB/TO, realizada nesta sexta-feira, 5, em Palmas/TO, deu o que falar depois que o ex-prefeito de Palmas, Carlos Amastha, presidente regional do partido, articulou e puxou o tapete do ex-técnico de futebol e empresário residente no Tocantins, Vanderlei Luxemburgo, que vinha trabalhando seu nome como pré-candidato ao Senado com boa receptividade por onde vinha passando pelo interior. O diretório estadual do partido escolheu, por unanimidade, o nome do ex-prefeito para disputar o Senado.
O Tocantins é um dos poucos estados onde o PSB ainda não fechou a chapa majoritária. A possibilidade da candidatura de Amastha ao Senado não havia sido cogitada até esta semana e não parece que obterá sucesso, dada a personalidade individualista e egocêntrica do agora candidato, que vem de duas derrotas fragorosas nas urnas quando tentou se eleger ao Governo do Estado.
Vanderlei Luxemburgo estaria considerando o desfecho da convenção como ditatorial, arbitrária e a iniciativa de buscar a justiça está em análise. Ele deve manifestar-se à imprensa ainda nesta sexta-feira.
De acordo com informações de bastidores, Amastha busca empurrar o partido para uma aliança com Ronaldo Dimas (PL), candidato ao Governo do Tocantins que apoia a reeleição do presidente Jair Bolsonaro. Luxemburgo então, teria que se contentar a disputar vaga na Câmara dos Deputados.
Amastha teria, inclusive, ameaçado cortar recursos do Fundo Partidário destinados à campanha do ex-técnico da Seleção Brasileira de Futebol caso ele não aceitasse mudar sua pretensão de disputar a vaga ao Senado, contentando-se em disputar uma vaga na Câmara dos Deputados. A falácia do ex-prefeito da capital seria de que Luxemburgo seria um puxador de votos e ajudaria a aumentar a bancada do partido na Câmara.