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Estado

O Sindicato dos Jornalistas Profissionais do Tocantins – Sindjor encaminhou nota de repúdio contra as atitudes do Comando Geral da Polícia Militar com relação ao trabalho de alguns veículos do Estado. O Comando tem intimado vários representantes de veículos para depor em inquérito militar em razão da repercussão de matérias feitas sobre desavenças entre Associações e o Comando.

Na nota, o Sindicato cita o caso do jornalista e diretor do Portal CT, Cleber Toledo que foi intimado para depor e se não comparecesse estaria passível de condução coercitiva até a presença da autoridade policial,conforme consta na intimação. “O Comando vem utilizando de ameaça velada e de intimidação ao livre exercício da imprensa, inaceitáveis no regime democrático”, diz o Sindicato.

O Comportamento do Comando foi classificado pelo Sindicato como uma prática arbitrária e puramente militaresca. A atitude de tentar envolver os jornalistas nos impasses entre comando e corporação atrapalham o trabalho dos veículos e afronta a liberdade de imprensa, conforme frisa o Sindicato. “Ao utilizar de meios abomináveis no trato com os profissionais de imprensa, com intimações e intimidações, o Comando Geral da PM do Tocantins ameaça frontalmente a liberdade de imprensa e de expressão, uma conquista da sociedade brasileira”, diz na nota.

Veja abaixo a íntegra da nota do Sindicato.

NOTA DE REPÚDIO

O Sindicato dos Jornalistas Profissionais do Estado do Tocantins – SINDJOR/TO vem pela presente nota, REPUDIAR o comportamento do Comando Geral da Polícia Militar do Estado do Tocantins, que usando de prática arbitrária e puramente militaresca vem intimando o jornalista Cléber Toledo, diretor do Portal CT, a depor, repetidas vezes, em inquérito militar aberto para apurar problemas internos da corporação.

As intimações, conforme denuncia o próprio jornalista, foram motivadas depois que o Portal CT publicou cartas assinadas por associações militares criticando o governo estadual.

O Comando vem utilizando de ameaça velada e de intimidação ao livre exercício da imprensa, inaceitáveis no regime democrático. É o que fica claro em ofício enviado ao jornalista sob tom de ameaça: “Intimo por meio deste Vossa Senhoria a comparecer, para prestar esclarecimentos do interesse da Polícia Militar, no Quartel do Comando Geral da PM, em Palmas. O não comparecimento, sem motivo justificado, consoante os artigos 3º, 201, parágrafo 1º, 218 e 26 do Código de Processo Penal,será passível de condução coercitiva até a presença da autoridade policial, mediante mandado escrito e incorrerá, em tese, na prática de crime de desobediência, artigo 330, diz o texto do ofício.

Como se isso não bastasse, o Comando Geral da PM do Tocantins vem comprometendo o trabalho da imprensa depois que os batalhões dos municípios foram proibidos de passarem informações diretamente aos veículos. Com isso, para produzir suas matérias os repórteres precisam antes enviar e-mail com as perguntas e esperar as respostas, comportamento só visto na época da ditadura militar.

Ao utilizar de meios abomináveis no trato com os profissionais de imprensa, com intimações e intimidações, o Comando Geral da PM do Tocantins ameaça frontalmente a liberdade de imprensa e de expressão, uma conquista da sociedade brasileira.

A DIRETORIA