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Meio Jurídico

Foto: Divulgação TJTO

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Foi retirado da pauta da sessão administrativa desta quinta-feira, 29, do Tribunal de Justiça do Tocantins  o projeto de lei que pretendia extinguir os cargos de oficial de justiça e escrivão do Poder Judiciário no estado. De acordo com o presidente do Sindicato dos Servidores da Justiça do Estado do Tocantins (Sinsjusto), Fabrício Ferreira, a retirada do projeto da pauta foi uma vitória dos sindicatos que pressionaram o Poder Judiciário para que a matéria não fosse votada.

Suspensão

Outro impedimento para que o projeto não seja apreciado hoje foi uma liminar concedida pelo conselheiro do Conselho Nacional de Justiça (CNJ), Arnaldo Hossepian Junior, que determinou a suspensão da votação da matéria.

A suspensão foi um pedido da Federação das Entidades Representativas dos Oficiais de Justiça Estaduais do Brasil (Fojebra).

Ao conceder a decisão, o conselheiro do CNJ afirmou quea proposta  não apresenta qualquer imposição ou exigência ao futuro ocupante do novo cargo – “Agente de Diligências Externas” – por servidor aprovado em concurso público específico, a ensejar a natureza efetiva do cargo. Segundo Hossepian, o TJ deveria enviar cópia do anteprojeto de lei ao CNJ, para avaliação ampla e detalhada da medida pretendida, para elaboração de nota técnica, quando necessário. O que não foi feito.

O Tribunal de Justiça ainda não foi notificado da decisão.

Manifestação

Mesmo com a suspensão da tramitação do projeto, os servidores que seriam impactados com sua aprovação fazem uma mobilização no TJ na manhã desta quinta-feira. O objetivo da presença dos oficiais e escrivãos era fazer presença durante a sessão de hoje para pressionar os desembargadores para que não aprovassem as alterações na lei.

Na capital e também em diversas comarcas no interior do estado os servidores compareceram vestidos de preto como forma de protesto.

Servidores da justiça compareceram ao trabalho vestidos de preto no fórum de Augutinópolis; ato de protesto se repetiu em diversas outras comarcas

Entretanto, mesmo com a retirada de pauta e a suspensão da matéria, Fabrício Ferreira disse que os servidores manterão a mobilização como forma de manifestar repúdio à proposta. “Pensa-se que esse projeto atinge somente servidores, mas não é. Ele atinge a toda a sociedade, porque a medida que o Tribunal de Justiça altera sua política, naturalmente entra pessoal de baixa qualidade técnica e que, fatalmente, vai prestar péssimo serviço à sociedade”, declarou.

Servidores em protesto na porta do plenário do TJ em Palmas